Já tentei plantar várias coisas durante a minha vida, acho que a tentativa mais bem sucedida foi aquele feijão plantado no algodão que todo mundo cultivou na escola.
Esta inaptidão não herdei da família, pois minha vó materna plantava todo tipo de flor e erva, todas iam para frente, ela conversa com elas enquanto regava e limpava as folhas e galhos por elas dispensados. Quando ela viajava as pessoas cuidavam das plantas, mas não adiantava, elas ficavam tristes, algumas até morriam.
Então ganhei um vaso com a flor que mais gosto e como elas ainda não desabrocharam eu tenho que cuidar delas. A primeira providência foi consultar o pai Google sobre que tipos de cuidados eu teria que tomar: quantas vezes regar, onde colocar, proteger do sol ou não, quanto tempo demora e etc. Nossa...todo o processo pareceu tão complicado, a flor tão delicada para qualquer tipo de alteração e naquele momento tive certeza que ia conseguir matá-la antes mesmo que ela se abrisse.
Meio que entregando o jogo e aceitando a derrota eu pensei em fazer o mínimo, regar a coitada todo dia, deixar longe do sol e colocar em um lugar de destaque para que eu não corresse o risco de passar um dia sem dar uma olhada na sua beleza (enquanto ela vive). Conversar com ela não consegui não, vai além do meu desprendimento.
Como a natureza contraria quase todas as expectativas acabei me surpreendendo, apesar de apostar todas as minhas fichas que eu mataria a pobre plantinha, não só não matei como estão surgindo mais duas flores e as que já existiam estão se abrindo.
Pensei assim: é como o amor, mesmo a gente achando que nunca mais vai amar, quando tem que ser acontece. Ninguém melhor que a flor do amor eterno para resistir ao meu pessimismo e me mostrar que eu posso sim cultivar e multiplicar o amor. <3
Wednesday, July 16, 2014
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