Lendo o último post do blog, Balancete Amoroso, escrito pela Belise, convidada da Liana, me admirei ao notar que ela falava sobre algumas coisas que eu já comentei por aqui. Mais especificamente, a parte onde ela fala da "angústia louca que as pessoas têm de estarem SEMPRE apaixonadas". Falei exatamente disso no post Todo mundo já está apaixonado por alguém.
Mas foi uma outra coisa que ela tratou no post que me chamou mais a atenção: quando ela mencionou os amores à moda antiga.
A gente cresce ouvindo falar da tal "sabedoria dos mais velhos" mas parece que, mesmo quando nós ficamos velhos, não prestamos muita atenção nessa expressão que tanto pode facilitar nossas vidas.
Antigamente as pessoas se apaixonavam devagarzinho. Casamentos arranjados que acabavam dando certo, coisa construida mesmo. Mas qual será que era a receita? Duas pessoas que se uniam porque suas famílias assim queriam e acabavam se apaixonando de verdade. (mais uma vez, tenho que fazer uma pausa aqui só pra lembrar que estou generalizando propositalmente.... claro que muita gente sofreu por causa de casamentos arranjados, mas a gente sabe que um ou outro dava certo)
Pra mim, o que fazia funcionar é o comprometimento. No caso deles, com os negócios ou a tradição da família, ou sei lá. Mas para nós, que não TEMOS que nos casar com quem nos é imposto, também acho que pode funcionar... Uma paixão não correspondida, pra mim, é um bom motivo para uma experiência deste tipo.
Duas pessoas, apaixonadas, não uma pela outra, mas por terceiros que não os correspondem, poderiam, talvez, se apaixonar uma pela outra, intencionalmente, contruindo uma história iniciada para esquecerem dos amores frustrados?
Acho que exigiria um nível de comprometimento com a causa sem precedentes, mas tenho a maior confiança de que daria certo.
É claro que estas pessoas precisam ter afinidades. Não dá pra escolher um aleatório e dizer: é por você que vou me apaixonar. Mas amigos, quem sabe? Se são amigos é porque já têm coisas em comum, então porque não poderia rolar uma paixão?
O que ferra tudo é que pessoas apaixonadas abrem mão da razão num piscar de olhos perante qualquer gracejo de seus tormentos afetivos. Se um dos "terceiros" decide ressurgir na vida de um dos voluntários do experimento, este logo cederá aos encantos do demônio e abandonará o projeto.
Outra questão que pode derivar deste tipo de empreitada é um dos indivíduos se apaixonar mesmo pelo outro, mas o outro......... aí teremos, novamente, um problema (ou o mesmo problema, só com uma pessoa diferente). De qualquer forma, neste caso, ao menos metade do êxito é alcançado e a solução continua válida. hahaha
Anyway... já diziam os mais velhos que uma paixão se cura com outra, certo? Então, vendo a coisa pelo lado prático, é só a gente tentar acelerar o processo de "reapaixonamento" escolhendo alguém que você acha que poderia dar certo.
O difícil mesmo é ser tão racional nesta hora, né? Bem... talvez seja mais fácil prender um pudim com um elástico. ;)
Friday, December 28, 2012
Wednesday, December 26, 2012
VA Convida: Balancete amoroso (Belise Mofeoli)
A primeira vez em que eu soube que alguém gostava de mim, se não me engano, eu estava na quinta série e o “Romeu” da vez era o A.. Ele não constava na lista dos caras mais bonitos ou populares da sala, mas era, sem discussão, fofo! No duplo sentido da palavra. Levemente gordinho, e de uma doçura ímpar. E inteligente. Não sei se foi verdade, se ele gostava de mim ou não. Nunca perguntei. (Tímida!) Mas o fato de saber que alguém podia mesmo estar interessado em quem eu era, me fez sentir esquisita... vaidosa. A. não foi meu namoradinho de infância.
Alguns anos depois, em outra escola, todas as meninas da sala suspiravam pelo menino alto de bochechas vermelhíssimas, exceto eu. Pensava que, se era mesmo preciso eleger alguém interessante, por que não aquele que tirava ótimas notas, que tinha nariz imenso, e nome de astro do rock? Não, nunca fui a fim dele. Mas poderia de ter sido. Um adolescente educadíssimo! Raridade já naquela época.
Alguns anos depois, em outra escola, todas as meninas da sala suspiravam pelo menino alto de bochechas vermelhíssimas, exceto eu. Pensava que, se era mesmo preciso eleger alguém interessante, por que não aquele que tirava ótimas notas, que tinha nariz imenso, e nome de astro do rock? Não, nunca fui a fim dele. Mas poderia de ter sido. Um adolescente educadíssimo! Raridade já naquela época.
Friday, December 21, 2012
Cruelmente carinhoso
Este post fala sobre como os homens podem ser crueis tentando ser apenas atenciosos.
Não é intencional, mas só hoje sei disso. Por muito tempo achei que eles eram mesmo seres horrivelmente maldosos, mas hoje entendo que o gesto é mesmo sincero, ainda assim, acaba com a gente.
Claro que comigo, uma sofredora compulsiva quando a questão é amor, aconteceu muitas vezes, mas citarei apenas duas, as duas mais marcantes, as duas que fizeram eu sentir (fisicamente mesmo) que tenho um coração (e saber que ele é facilmente dilacerável).
Sou uma manteiga derretida. Não converso com as pessoas justamente por isso. Não sei conversar sem chorar e quando começo a chorar não converso mais. É complicado. Mas sou ótima com textos escritos. hahaha. Vai entender.
Anyway... comentei sobre isso porque o primeiro caso me atormentou por anos e eu achava que tinha a ver com uma estranha excessão a esta minha regra de chorar descontroladamente.
Eu saia com esse cara... me apaixonei perdidamente por ele... e um dia ele foi até a minha casa pra dizer que não ficaríamos mais juntos. Me pegou tão de surpresa que eu não tive nenhuma reação durante a conversa. Não chorei e também falei pouquíssimo. Não tinha mesmo muito o que falar, já que ele chegou dizendo que não nos veríamos mais e talz e todo seguro da decisão. Fiquei lá, sentada no sofá, ouvindo ele falar, e só. Parecia que eu nem tava lá de verdade, que era só meu corpo ali enquanto minha mente estava sabe-se lá onde.
Ele terminou de dizer o que tinha pra dizer e, vendo meu rosto meio apático, disse que então iria embora e me pediu pra acompanhá-lo até o portão.
Eu morava num apartamento, então abri a porta e desci as escadas com ele, atravessamos o estacionamento e chegamos ao portão da entrada. Eu estava completamente hipnotizada. Não pensava muito, não conseguia assimilar a situação, só via tudo distorcido. O corredor parecia não ter fim... as escadas... o estacionamento. Um percurso feito em menos de 3 minutos pareceu levar um ano para ser percorrido neste dia. Ainda assim, não derramei uma lágrima sequer.
Quando chegamos ao portão ele disse que então ia embora, olhou bem dentro dos meus olhos e me deu um beijo, no rosto, macio, doce, carinhoso, virou as costas e foi embora. Esse beijo me matou! Matou durante anos! Anos!
Na minha cabeça, o que ele queria era me ver chorar, ver que arrasou meu coração, ele queria ver "sangue". Como não me fez chorar durante a conversa, então deu um último golpe na moribunda: um beijo na bochecha.
Ele não viu, mas depois desse beijo me virei para voltar ao apartamento aos prantos. Chorava de soluçar! Tão desolada que um vizinho perguntou se eu precisava de ajuda. Chorei durante meses, e cada vez que chorava pensando nessa cena sentia o coração apertar dentro do meu peito como se fosse virar poeira.
A segunda vez foi tão cruel quanto. Me apaixonei pelo cara errado. Até aí, nenhuma novidade, mas dessa vez decidi arriscar tudo e dizer pra ele que estava apaixonada e ver no que ia dar. Claro que quebrei a cara. A coisa rolou mais ou menos assim:
A gente estava conversando sobre as pessoas das nossas vidas e talz e ele me perguntou sobre o cara com quem ele sabia que eu estava saindo na ocasião. A gente já tinha conversado sobre isso e eu já tinha dito que gostava do cara e talz, mas que não estávamos tendo nada muito sério por causa de umas outras complicaçõezinhas... enfim...
Neste dia ele me perguntou outra vez sobre esse cara e eu VI a deixa. Disse pra ele que o problema da minha vida era que eu tava apaixonada. Ele continuou a conversa normalmente achando que eu estivesse me referindo ao outro e aí eu o interrompi e disse alguma coisa do tipo "então... o problema é que não to apaixonada por ele... to apaixonada por você". Ele se calou por um instante.
Voltou a falar com um "tem certeza disso?" e eu disse que sim. Aí começou a sequência complicada. Já estávamos indo embora do lugar quando essa conversa começou a rolar, então nos levantamos das cadeiras e ele me abraçou. Eu pensei: "meu deus! deu certo! ele também me quer!" mas quando ele falou que era "complicado" eu pensei: "ok... me fu....".
Nessa hora, enquanto ainda estávamos abraçados, olhei pra ele e perguntei "preciso esquecer?". Ele não respondeu verbalmente mas fez que sim com a cabeça. Novamente a sensação de coração virando poeira voltou, concordei com a cabeça, me soltei dos braços dele e fomos pagar a conta pra ir embora.
Mas não parou aí......... Saimos do lugar, nos despedimos do amigo que nos acompanhava (que não ouviu a conversa) e ele me acompanhou até o metro. Novamente pensei: "será que ainda tem esperança? afinal, ele não tinha porque vir comigo até aqui...". Mas quando chegamos na frente das catracas e eu perguntei por que ele tinha ido comigo até lá ele disse: "porque parecia a coisa certa a fazer. não devia ter vindo, né?" eu respondi que se era mesmo pra eu esquecer que não, ele não devia ter ido. Minha esperança era um final Hollywoodiano, com um beijo e uma declaração de amor, mas ele só disse um ok, virou as costas e foi embora.
Preciso dizer como fiquei?
Mas foi nessa hora que eu percebi que ele não fez isso de propósito. Não tinha nenhuma intenção da parte dele em me machucar... pelo contrário, ele fez achando mesmo que devia fazer, que estava sendo legal e que sei lá... que era bom fazer aquilo.
Voltei pra casa pensando nisso e me lembrei do cara do primeiro caso e foi aí que percebi que ele também não tinha me dado aquele beijo no rosto por crueldade, mas porque ele achou que era o certo, o respeitoso, o gentil a fazer.
Mal sabem eles como isso acaba com a gente. Mesmo agora, percebendo que as intenções eram nobres (porque meninos são assim) não consigo deixar de sentir o coração virando pó. Se fosse pra dar um treinamento de como dispensar uma garota (que vocês não odeia nem nada) com certeza daria bastante ênfase no módulo de Não Tente ser Gentil. Talvez seja melhor mesmo dispensar de vez, nos deixar com raiva. Fazendo desse jeito continuamos apaixonadas e nos desapaixonar de um gentleman é muito mais difícil do que desapaixonar de um imbecil. :/
Não é intencional, mas só hoje sei disso. Por muito tempo achei que eles eram mesmo seres horrivelmente maldosos, mas hoje entendo que o gesto é mesmo sincero, ainda assim, acaba com a gente.
Claro que comigo, uma sofredora compulsiva quando a questão é amor, aconteceu muitas vezes, mas citarei apenas duas, as duas mais marcantes, as duas que fizeram eu sentir (fisicamente mesmo) que tenho um coração (e saber que ele é facilmente dilacerável).
Sou uma manteiga derretida. Não converso com as pessoas justamente por isso. Não sei conversar sem chorar e quando começo a chorar não converso mais. É complicado. Mas sou ótima com textos escritos. hahaha. Vai entender.
Anyway... comentei sobre isso porque o primeiro caso me atormentou por anos e eu achava que tinha a ver com uma estranha excessão a esta minha regra de chorar descontroladamente.
Eu saia com esse cara... me apaixonei perdidamente por ele... e um dia ele foi até a minha casa pra dizer que não ficaríamos mais juntos. Me pegou tão de surpresa que eu não tive nenhuma reação durante a conversa. Não chorei e também falei pouquíssimo. Não tinha mesmo muito o que falar, já que ele chegou dizendo que não nos veríamos mais e talz e todo seguro da decisão. Fiquei lá, sentada no sofá, ouvindo ele falar, e só. Parecia que eu nem tava lá de verdade, que era só meu corpo ali enquanto minha mente estava sabe-se lá onde.
Ele terminou de dizer o que tinha pra dizer e, vendo meu rosto meio apático, disse que então iria embora e me pediu pra acompanhá-lo até o portão.
Eu morava num apartamento, então abri a porta e desci as escadas com ele, atravessamos o estacionamento e chegamos ao portão da entrada. Eu estava completamente hipnotizada. Não pensava muito, não conseguia assimilar a situação, só via tudo distorcido. O corredor parecia não ter fim... as escadas... o estacionamento. Um percurso feito em menos de 3 minutos pareceu levar um ano para ser percorrido neste dia. Ainda assim, não derramei uma lágrima sequer.
Quando chegamos ao portão ele disse que então ia embora, olhou bem dentro dos meus olhos e me deu um beijo, no rosto, macio, doce, carinhoso, virou as costas e foi embora. Esse beijo me matou! Matou durante anos! Anos!
Na minha cabeça, o que ele queria era me ver chorar, ver que arrasou meu coração, ele queria ver "sangue". Como não me fez chorar durante a conversa, então deu um último golpe na moribunda: um beijo na bochecha.
Ele não viu, mas depois desse beijo me virei para voltar ao apartamento aos prantos. Chorava de soluçar! Tão desolada que um vizinho perguntou se eu precisava de ajuda. Chorei durante meses, e cada vez que chorava pensando nessa cena sentia o coração apertar dentro do meu peito como se fosse virar poeira.
A segunda vez foi tão cruel quanto. Me apaixonei pelo cara errado. Até aí, nenhuma novidade, mas dessa vez decidi arriscar tudo e dizer pra ele que estava apaixonada e ver no que ia dar. Claro que quebrei a cara. A coisa rolou mais ou menos assim:
A gente estava conversando sobre as pessoas das nossas vidas e talz e ele me perguntou sobre o cara com quem ele sabia que eu estava saindo na ocasião. A gente já tinha conversado sobre isso e eu já tinha dito que gostava do cara e talz, mas que não estávamos tendo nada muito sério por causa de umas outras complicaçõezinhas... enfim...
Neste dia ele me perguntou outra vez sobre esse cara e eu VI a deixa. Disse pra ele que o problema da minha vida era que eu tava apaixonada. Ele continuou a conversa normalmente achando que eu estivesse me referindo ao outro e aí eu o interrompi e disse alguma coisa do tipo "então... o problema é que não to apaixonada por ele... to apaixonada por você". Ele se calou por um instante.
Voltou a falar com um "tem certeza disso?" e eu disse que sim. Aí começou a sequência complicada. Já estávamos indo embora do lugar quando essa conversa começou a rolar, então nos levantamos das cadeiras e ele me abraçou. Eu pensei: "meu deus! deu certo! ele também me quer!" mas quando ele falou que era "complicado" eu pensei: "ok... me fu....".
Nessa hora, enquanto ainda estávamos abraçados, olhei pra ele e perguntei "preciso esquecer?". Ele não respondeu verbalmente mas fez que sim com a cabeça. Novamente a sensação de coração virando poeira voltou, concordei com a cabeça, me soltei dos braços dele e fomos pagar a conta pra ir embora.
Mas não parou aí......... Saimos do lugar, nos despedimos do amigo que nos acompanhava (que não ouviu a conversa) e ele me acompanhou até o metro. Novamente pensei: "será que ainda tem esperança? afinal, ele não tinha porque vir comigo até aqui...". Mas quando chegamos na frente das catracas e eu perguntei por que ele tinha ido comigo até lá ele disse: "porque parecia a coisa certa a fazer. não devia ter vindo, né?" eu respondi que se era mesmo pra eu esquecer que não, ele não devia ter ido. Minha esperança era um final Hollywoodiano, com um beijo e uma declaração de amor, mas ele só disse um ok, virou as costas e foi embora.
Preciso dizer como fiquei?
Mas foi nessa hora que eu percebi que ele não fez isso de propósito. Não tinha nenhuma intenção da parte dele em me machucar... pelo contrário, ele fez achando mesmo que devia fazer, que estava sendo legal e que sei lá... que era bom fazer aquilo.
Voltei pra casa pensando nisso e me lembrei do cara do primeiro caso e foi aí que percebi que ele também não tinha me dado aquele beijo no rosto por crueldade, mas porque ele achou que era o certo, o respeitoso, o gentil a fazer.
Mal sabem eles como isso acaba com a gente. Mesmo agora, percebendo que as intenções eram nobres (porque meninos são assim) não consigo deixar de sentir o coração virando pó. Se fosse pra dar um treinamento de como dispensar uma garota (que vocês não odeia nem nada) com certeza daria bastante ênfase no módulo de Não Tente ser Gentil. Talvez seja melhor mesmo dispensar de vez, nos deixar com raiva. Fazendo desse jeito continuamos apaixonadas e nos desapaixonar de um gentleman é muito mais difícil do que desapaixonar de um imbecil. :/
Wednesday, December 19, 2012
VA Convida: Mas afinal o que é o amor livre? (Sabina Anzuategui)
filme "Novecento", de Bernardo Bertolucci. Os atores são Robert De Niro, Stefania Casini e Gérard Depardieu |
Eu era anarquista na adolescência, desde a leitura de "Colônia Cecília", por sugestão da professora de português. No romance, o amor livre não parece muito inspirador. O idealista Giovanni Rossi sofre suas dores de corno quando a esposa avisa que tem um interessado em colocar a ideia em prática. Mas o princípio me encantou: afinal de contas, por que não? Por que não estabelecer um acordo de liberdade mútua, com negociações claras e civilizadas nas variações de oferta e demanda? Ainda virgem em meu dia-a-dia de escola, casa e televisão, o amor livre parecia certamente mais elegante que adultos em crises de choro, bebedeira e barracos monumentais, aos berros no telefone e nas madrugadas.
Friday, December 14, 2012
Terapia doméstica
A Liana aprendeu a interpretar sonhos de uma maneira que eu nunca tinha visto antes e a coisa está super interessante aqui em casa desde que começamos a usar essa nova "skill" dela. :)
Agora, sempre que lembro dos meus sonhos, conto pra ela e a gente analisa pra ver o que o meu subconsciente Drama Queen está querendo me dizer.
A última foi bem recente e fiquei impressionada com nossa conclusão (que parece realmente muito precisa) e achei que tinha toda a cara do Vadio Amor, já que ele é minha terapia pública. hahaha
Bom... sonhei que tinha sido assaltada e reagi. Levei um tiro e entrei em coma. A partir daí, conseguia perceber o que acontecia à minha volta mas não conseguia fazer nada a respeito.
Assaltos, para mim, são situações que eu considero como uma invasão de limites sem proporções. Por causa disso, chegamos à conclusão de que eu sonhar que estava sendo assaltada se refere às pessoas que tentam se aproximar de mim mais intimamente (o que eu considero uma invasão dos meus limites). O fato de eu ter reagido demonstraria a minha resistência em permitir que as pessoas se aproximem de mim e o coma se referiria a uma consequência muito negativa neste comportamento.
Parando pra pensar........ sou assim mesmo. Amo meus amigos e me apego muito a eles, mas não permito que saibam demais sobre mim. Aliás, poucos sabem "demais" sobre mim e, mesmo os que sabem, não é tudo, nem com tantos detalhes. Sou do tipo que está sempre sorrindo mesmo que as coisas não estejam bem e não falo sobre minhas coisas pra ninguém (engraçado é perceber, neste exato momento, que escrevo muito mais aqui no blog do que falo com meus amigos).
Acho que todo mundo tem isso de esconder algumas partes de si mesmo dos outros, mas também acho que eu escondo demais. Se tenho essa dificuldade tão grande em compartilhar medos, aflições ou até alegrias e sentimentos com meus amigos (e até mesmo com minha mãe), como posso me envolver num relacionamento com alguém?
A Liana me deu a lição de casa de pensar em como me relaciono com as pessoas, em geral. Pessoas do trabalho, amigos, o pessoal aqui de casa, minha família.... todo mundo. Farei essa análise para tentar me entender um pouco mais. Coisas que não percebo e que posso mudar/melhorar/entender/aperfeiçoar ou seja lá o que for.
Quem sabe é mais um passo para minha realização pessoal, algo que vai me fazer ser melhor comigo mesma e terá, talvez, como consequência, uma melhora no meu relacionamento com as pessoas, abrindo caminho para um amor menos vadio, que pode nem ter a ver com relacionamentos amorosos, mas relacionamentos de forma geral, mais saudáveis para mim e para quem se relaciona comigo. ;)
Agora, sempre que lembro dos meus sonhos, conto pra ela e a gente analisa pra ver o que o meu subconsciente Drama Queen está querendo me dizer.
A última foi bem recente e fiquei impressionada com nossa conclusão (que parece realmente muito precisa) e achei que tinha toda a cara do Vadio Amor, já que ele é minha terapia pública. hahaha
Bom... sonhei que tinha sido assaltada e reagi. Levei um tiro e entrei em coma. A partir daí, conseguia perceber o que acontecia à minha volta mas não conseguia fazer nada a respeito.
Assaltos, para mim, são situações que eu considero como uma invasão de limites sem proporções. Por causa disso, chegamos à conclusão de que eu sonhar que estava sendo assaltada se refere às pessoas que tentam se aproximar de mim mais intimamente (o que eu considero uma invasão dos meus limites). O fato de eu ter reagido demonstraria a minha resistência em permitir que as pessoas se aproximem de mim e o coma se referiria a uma consequência muito negativa neste comportamento.
Parando pra pensar........ sou assim mesmo. Amo meus amigos e me apego muito a eles, mas não permito que saibam demais sobre mim. Aliás, poucos sabem "demais" sobre mim e, mesmo os que sabem, não é tudo, nem com tantos detalhes. Sou do tipo que está sempre sorrindo mesmo que as coisas não estejam bem e não falo sobre minhas coisas pra ninguém (engraçado é perceber, neste exato momento, que escrevo muito mais aqui no blog do que falo com meus amigos).
Acho que todo mundo tem isso de esconder algumas partes de si mesmo dos outros, mas também acho que eu escondo demais. Se tenho essa dificuldade tão grande em compartilhar medos, aflições ou até alegrias e sentimentos com meus amigos (e até mesmo com minha mãe), como posso me envolver num relacionamento com alguém?
A Liana me deu a lição de casa de pensar em como me relaciono com as pessoas, em geral. Pessoas do trabalho, amigos, o pessoal aqui de casa, minha família.... todo mundo. Farei essa análise para tentar me entender um pouco mais. Coisas que não percebo e que posso mudar/melhorar/entender/aperfeiçoar ou seja lá o que for.
Quem sabe é mais um passo para minha realização pessoal, algo que vai me fazer ser melhor comigo mesma e terá, talvez, como consequência, uma melhora no meu relacionamento com as pessoas, abrindo caminho para um amor menos vadio, que pode nem ter a ver com relacionamentos amorosos, mas relacionamentos de forma geral, mais saudáveis para mim e para quem se relaciona comigo. ;)
Wednesday, December 12, 2012
VA Convida: Não-relação (C.F)
créditos: Ray - We Heart It |
O problema é que a música ainda não foi inventada. Na verdade, podia ser uma mistura de músicas melosas de amor, outras tantas que nos fazem caminhar pela rua desfilando como se estivesse sendo observado por câmeras para um filme e, finalmente, músicas de desamor.
Talvez seja apenas uma longa fase. Alguns chamam de não comprometimento, de fuga, de egoísmo. Eu chamo apenas de não relação. E o que posso fazer se gosto de viver inícios? Talvez, um dia me canse e viva novamente algo com início, meio e fim (ou sem fim. Afinal, não se entra numa relação se não se acredita no pra sempre), mas por enquanto, o início é o que me interessa.
Friday, December 7, 2012
Quando a Vadiagem tá no gene é mais complicado
Conheci uma família que gostava de arrasar corações.
Eles eram tipo os Baldwins... Os irmão que todo mundo conhecia, sabe?
Até onde me lembro, são três irmãos e os três tinham apelidos curtinhos e muito parecidos. Eram abreviações monossilábicas de seus nomes.
Conheci (e fiquei com) dois deles, o mais novo e o do meio, e...... me apaixonei perdidamente pelo mais novo. Foi complicadíssimo porque eu era muito novinha ainda e estava naquela maldita fase de se apaixonar até pela sombra de uma árvore que lembrasse um cara bonitão. hahaha
O que eu "escolhi" pra me apaixonar era mesmo o mais bonito de todos, mas tive meio que um casinho com o do meio que durou um tempão. Nunca namoramos nem nada, mas a gente se pegava de tempos em tempos e era legal e tudo mais, mas não virou nada no final das contas.
Minha sorte foi que o mais novinho (que tinha meio que a minha idade, acho que um ano mais velho só) não tinha a experiência dos irmãos ainda e não foi cruel o suficiente pra me fazer sofrer tragicamente por amor. Acabei ficando só na paixãozinha platônica mesmo, ficamos juntos algumas vezes e acabei esquecendo dele.... sei lá.... acho que quando me apaixonei de verdade por outro. Não me lembro muito bem.
O que lembro bem é que, depois de um tempão que a paixão tinha passado, vi o garoto no ônibus (acho que ele não me viu, mas também não tenho certeza) e lembro de ter pensado "Nossa! Como ele ainda tá lindo!" mas não me despertou nenhum sentimento de apaixonite denovo não. Ficou só nisso mesmo, fiquei orgulhosa de mim mesma por ter pego o garoto, dei um sorriso discreto e toquei a vida.
Anyway... esses três eram o terror da região! Muitas mocinhas passaram pelas mãos deles e derramaram rios... oceanos de lágrimas por causa dos rapazes. Acho que o mais velho ia ensinando pro do meio que ia ensinando pro mais novo todas as técnicas de conquista e devastação de mulheres.
Tive sorte de só ter pego um "resfriado"! Fiquei sabendo de várias que acabaram com "pneumonias" por causa deles. hahaha
Mas acho que são coisas que acontecem, né? Assim como temos famílias de pessoas muito inteligentes, ou muito saudáveis, ou muito sortudas...... enfim... em alguns lugares nascem esse monte de homem bonito da mesma mãe e espalham a desgraça por onde passam. Mas mesmo com o sofrimento gerado, são "meninos" que sempre nos causam um suspiro quando vêem às nossas mentes. :)
Eles eram tipo os Baldwins... Os irmão que todo mundo conhecia, sabe?
Até onde me lembro, são três irmãos e os três tinham apelidos curtinhos e muito parecidos. Eram abreviações monossilábicas de seus nomes.
Conheci (e fiquei com) dois deles, o mais novo e o do meio, e...... me apaixonei perdidamente pelo mais novo. Foi complicadíssimo porque eu era muito novinha ainda e estava naquela maldita fase de se apaixonar até pela sombra de uma árvore que lembrasse um cara bonitão. hahaha
O que eu "escolhi" pra me apaixonar era mesmo o mais bonito de todos, mas tive meio que um casinho com o do meio que durou um tempão. Nunca namoramos nem nada, mas a gente se pegava de tempos em tempos e era legal e tudo mais, mas não virou nada no final das contas.
Minha sorte foi que o mais novinho (que tinha meio que a minha idade, acho que um ano mais velho só) não tinha a experiência dos irmãos ainda e não foi cruel o suficiente pra me fazer sofrer tragicamente por amor. Acabei ficando só na paixãozinha platônica mesmo, ficamos juntos algumas vezes e acabei esquecendo dele.... sei lá.... acho que quando me apaixonei de verdade por outro. Não me lembro muito bem.
O que lembro bem é que, depois de um tempão que a paixão tinha passado, vi o garoto no ônibus (acho que ele não me viu, mas também não tenho certeza) e lembro de ter pensado "Nossa! Como ele ainda tá lindo!" mas não me despertou nenhum sentimento de apaixonite denovo não. Ficou só nisso mesmo, fiquei orgulhosa de mim mesma por ter pego o garoto, dei um sorriso discreto e toquei a vida.
Anyway... esses três eram o terror da região! Muitas mocinhas passaram pelas mãos deles e derramaram rios... oceanos de lágrimas por causa dos rapazes. Acho que o mais velho ia ensinando pro do meio que ia ensinando pro mais novo todas as técnicas de conquista e devastação de mulheres.
Tive sorte de só ter pego um "resfriado"! Fiquei sabendo de várias que acabaram com "pneumonias" por causa deles. hahaha
Mas acho que são coisas que acontecem, né? Assim como temos famílias de pessoas muito inteligentes, ou muito saudáveis, ou muito sortudas...... enfim... em alguns lugares nascem esse monte de homem bonito da mesma mãe e espalham a desgraça por onde passam. Mas mesmo com o sofrimento gerado, são "meninos" que sempre nos causam um suspiro quando vêem às nossas mentes. :)
Wednesday, December 5, 2012
VA Convida: Ode ao ronco (F.S)
Sou desses que faz terapia. Na última sessão, meu terapeuta disse que tenho essa característica de aprofundar um simples fato ou ato cotidiano. Isso não necessariamente é ruim, desde que eu use ao meu favor, claro. Mas parece que isso é mais meu do que eu sabia. Agora eu sei. E concordo. Eu gosto disso. O que me leva a querer dissecar uma constatação ordinária.
Ontem eu ronquei. E aconteceu a percepção do ronco. A moça que dividiu comigo algumas cervejas, bom papo e minha cama, disse: você ronca. Não foi uma informação nova, mas certamente não é algo que penso todos os dias antes de dormir: vou roncar. E quando o outro diz isso sobre mim, em voz alta, ainda que seja uma brincadeira, abre um caminho para pensar no que implica essa percepção.
Ontem eu ronquei. E aconteceu a percepção do ronco. A moça que dividiu comigo algumas cervejas, bom papo e minha cama, disse: você ronca. Não foi uma informação nova, mas certamente não é algo que penso todos os dias antes de dormir: vou roncar. E quando o outro diz isso sobre mim, em voz alta, ainda que seja uma brincadeira, abre um caminho para pensar no que implica essa percepção.
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