Tuesday, February 26, 2013

Um relacionamento hollywoodiano

Filmes românticos ajudam a refletir sobre o próprio relacionamento - http://goo.gl/sbxap
Lá em casa tem uma frase que vez ou outra aparece e hoje quando vi esta matéria do UOL lembrei na hora:
O povo pensa que a vida deles é um filme de Hollywood!
Gosto de filmes românticos, mas não que só eles nos fazem refletir sobre o próprio relacionamento, até porque esperamos sempre o final feliz  e nem sempre nos relacionamentos reais o fim será este, até mesmo porque os filmes românticos falam de amor verdadeiro (seja lá o que for isto) e talvez você esteja em uma relação que não é preenchida por este item tão raro.

Assisti todos os filmes que indicam na matéria, independente de usá-los para pensar na relação ou não, vale a pena assistir.

Outro dia assisti um filme que não era romântico, era uma ficção científica leve com uma pitada de drama e romance, a história falava sobre clones que eram criados para doar seus órgãos quando atingissem a idade adulta, só que alguns acabavam se apaixonando, formando casais e tendo vontade de continuar a vida e para isto queriam pedir um adiamento do início das transfusões.

Aí fiquei pensando o seguinte, eles tinham toda a liberdade de sair e até mesmo viajar, porém não pensavam em fugir, a única coisa que os prendia era uma pulseira no estilo relógio de ponto que eles tinham que registrar quando voltavam para casa, eles alimentavam a ideia romântica de que as mesmas pessoas que os criaram para morrer dariam um tempo de mais 3 ou 4 anos para que eles pudessem se amar.

No fundo é assim, nós achamos que o amor é capaz de nos propiciar coisas impossíveis e irracionais, pensamos que o amor é capaz de mudar alguém e aí continuamos em um relacionamento mesmo se a pessoa tem alguns defeitos que fazem diferença e em alguns casos a solução podia ser simples como a dos clones, ao invés de pedir o adiamento eles poderiam simplesmente fugir, sem precisar esperar que o amor mudasse/comovesse os seus criadores.

Será que não fazemos isto às vezes, esperamos que o amor "cure" algo que precisa de uma ação efetiva e prática para ter um final feliz?

Friday, February 22, 2013

Exercitando Visões

Relacionamentos nunca são fáceis, né?

Hoje não vou falar de relacionamentos entre amantes. Vou contar uma visão que nunca tinha percebido num outro tipo de relacionamento, que envolve ainda mais amor do que qualquer relacionamento que eu já tive com qualquer outra pessoa: O relacionamento com meus pais.


Nunca me dei mal com meus pais. Pelo contrário, nosso relacionamento sempre foi muito bom, do meu ponto de vista. Nunca fomos de brigar e, mesmo na adolescência, não dei muitas dores de cabeça pra eles. Eles me ensinaram muito bem a lidar com dinheiro e a cuidar do meu próprio focinho e eu fui pra vida.

Sempre conversamos muito, mas os assuntos eram bem específicos. Nunca falei pra eles sobre meus problemas sentimentais. Era muito aberta sobre tudo o que envolvia minha carreira e alguns planos de vida, mas sempre os poupei daqueles perrengues de adolescentes, sabe? Eles nunca souberam dos lugares que eu frequentava para me divertir, nem dos amores que vivi, nem de quase nada dessa parte da minha vidinha bandida.

Na minha cabeça eu os estava poupando de preocupações desnecessárias, já que eu estava lidando com tudo de uma forma ou de outra e aprendendo com meus erros (que nem de longe foram poucos).

Mas a Internet muda tudo, né? hahaha

Com Facebook, Blogs, Twitter (que já abandonei, mas colaborou pra algumas coisas), etc... minha mãe passou a saber coisas sobre mim que nunca soube antes, coisas que a preocuparam da forma que deveriam tê-la preocupado na época em que aconteceram, mas que não aconteceu simplesmente porque eu a deixei de fora. Pouco tempo depois meu pai entrou na dança também e recebeu a mesma carga de informações assustadoras sobre mim de uma só vez.

Mais uma vez.... aqui no Vadio Amor, minha intenção é analisar as situações e os comportamentos, então basta dizer que meu relacionamento com meus pais está mais sólido do que nunca e voltemos a analisar os fatos.

Reobservando meu comportamento, chego à conclusão de que eu queria mesmo que eles começacem a saber sobre mim, tudo sobre mim. Eu sabia que minha mãe estava lendo o que eu escrevia nas redes sociais e nos blogs e continuei escrevendo assim mesmo. Inconscientemente eu estava falando o que eu queria falar mas achava que não queria.

Na verdade, foi preciso muito tempo da minha vida e um relacionamento com sérios problemas de comunicação para que eu percebesse que eu tinha que incluir meus pais em todos os aspectos da minha vida, e não apenas na parte que os orgulhava.

Como sempre, é uma situação que vai se desenvolvendo ao longo do tempo e que ficou como ficou por erros e acertos de ambas as partes. Mas fico muito feliz por eu ter percebido que estava mais errado do que certo em tempo de restaurarmos as coisas (fico feliz por eles também terem percebido e por todos nós estarmos dispostos e determinados a resolvermos as coisas como sempre estivemos).

Assim como qualquer recomeço, o restauro da minha relação com meus pais vai ser lento e, por vezes, complicado, mas não tenho a menor dúvida de que, no final, estaremos muito melhores do que no início. Porque o amor deles por mim é vadio como o amor deve ser. :) Amar a filha maluca e problemática é uma das maiores vadiagens que o amor pode cometer com um casal de pais. ;)

Wednesday, February 20, 2013

Relações Pretty Woman


Assisti o filme Uma linda mulher na transição da minha infância para a adolescência, não lembro exatamente quanto anos eu tinha, mas se o filme foi lançado em 1990 e naquela época as coisas não chegavam com tanta rapidez no Brasil e eu assisti no videocassete , então devia ter uns 12 anos.

Achei o filme lindo, que menina não ia se encantar com a história de encontrar um ricaço que te fizesse de princesa? Não importa se esta menina é uma prostituta ou a Anastasia Tons de Cinza, importa que imaginar a possibilidade de valer tanto para alguém, entendendo valer como valor monetário, parece que é sinônimo de amor.

A pessoa presenteia a outra com algo caro e logo todo mundo fala: Nossa, fulan@ te ama mesmo!
Estamos constantemente cercados desta relação de compra e venda de sentimentos e demonstrações sentimentais, é uma eterna prostituição. Claro que existem pessoas que não são assim, que sabem a importância do outro e não o valor, que pensa mais no significado do presente do que em impressionar/impactar dando coisas caras.

Um trecho de um diálogo do filme que sempre ficou na minha lembrança, nem sei se lembro dele com tanta fidelidade, foi:
" - Eu cobraria menos.
  - Eu pagaria mais."

Sempre entendi este diálogo como algo ligado a dinheiro, afinal ela era uma prostituta e ele estava pagando pelas horas com ela, mas dia destes em uma situação que não envolvia dinheiro e sim uma troca de olhares e sorriso, eu pensei na hora neste diálogo. Só que não era pagar mais financeiramente, era pagar mais com a vida, ou melhor, com os caminhos que a vida me proporcionou e ainda vai me proporcionar, é aceitar todo o carma sem reclamar, porque mesmo se tivesse que ser mais penoso, mesmo assim valeria aquele momento inocente, leve e cheio de vida.

Não me envergonho de confessar que já fui assim, destas pessoas que acham que presentes caros significam demonstração de afeto, na verdade é muito mais fácil gastar dinheiro do que dar amor, deve ser por isso que muitas pessoas acabam preferindo cobrir o outro de riquezas...

Friday, February 15, 2013

A magia da cama

Inspirada pela cafajestisse do Alex no perfeito post da semana passada, voltei à minha linha de temas safados (que tanto gosto). :)

Estava lá no meu banho (já disse que a maioria dos meus posts são produzidos no chuveiro, né?) pensando em como a cama é um lugar mágico... É certo que muitos relacionamentos terminam na cama, mas gosto de pensar em tudo o que começa nela.

A cama parece, para mim, um lugar onde as pessoas são um pouquinho mais elas mesmas. Talvez a ausência das roupas as deixe mais confortáveis para despirem-se das máscaras também. Salvo os casos onde o sexo rola e as pessoas se vestem imediatamente e seguem seus rumos, aqueles momentos de descanso deitados lado a lado sempre rendem conversar muito interessantes.


A gama de assuntos que surgem nesse momento é impressionante! Fazendo um levantamento bem rápido me lembro de ja ter conversado sobre assuntos absurdamente diferentes... desde outros amantes até teorias astrofísicas. hahaha

Não é à toa que muitos relacionamento se iniciam na cama. É, provavelmente, um lugar tão bom quanto uma mesa de bar pra conhecer alguém de verdade! Falta de roupa e falta de julgamento (que só o álcool sabe fazer bem) nunca falham em revelar as pessoas. :)

O que não tenho dúvida nenhuma é que é muito mais divertido passar por este "descobrimento" no conforto de uma cama quentinha e macia do que numa cadeira de bar, principalmente porque, dependendo das histórias de vida dos envolvidos, a noite acabará em mais sexo na cama ou num abraço carinhoso com a privada no bar. hahaha

Minha curiosidade é só em saber se eu que sou expansiva demais nesses momentos ou se todo mundo fala sobre tudo também nos intervalos do jogo. ;)

Wednesday, February 13, 2013

Quarta-feira de cinzas...

Queridos e queridas, o feriado foi uma imersão no viver, nada de viver amor vadio, apenas viver...

Nesta quarta-feira de cinzas a vida me levou tanto que esqueci do amor, do que era vadio...

E uma amiga me disse que a quaresma é o domínio do tinhoso, então quem não vai se resguardar pode começar a colocar as manguinhas de fora...

Friday, February 8, 2013

Papais e mamães travestidos de malvadões

O texto de hoje não é meu. É do meu bom e velho amigo Alex B. lá do Noites Cafajestes e Alguns Dias Canalhas. Ele acabou de publicar um livro pela Amazon Brasil. Fiz questão de comprar meu exemplar impresso e estou esperando pra ir buscar. Claro que exigirei um autógrafo especial do Alex na minha cópia. :D

Alex tem uma visão bem parecida com a minha e o texto dele é bem na linha dos meus textos mais polêmicos por aqui, só que com o peso que só ele sabe dar. Aproveitem!!!


Antes de iniciar o texto, meus agradecimentos à Thais pelo convite para colaborar com  este blog. Para um consumado autor de tranqueiras, postadas em uma tranqueira maior ainda, é uma verdadeira honra colaborar no sítio eletrônico de uma verdadeira combatente da vida e amor livres, autora de textos tão contundentes e elegantes. 
Vamos a ele
Muitos, nesse tempo pós-tudo e maluco que vivemos, adoram ostentar as conquistas amorosas e sexuais como se realmente desprezassem a monotoni... ops, digo, a monogamia, afirmam aos quatro ventos e a todos eflúvios noturnos  que não estão nem aí para a moral atrasada e repressora de seus  pais  e avós, que vivem como verdadeiros libertários, envergam um ar e frases de efeito que levam incautos a  julgarem estar em colóquio com uma pessoa realmente moderna, um ser livre nos pensamentos e na vida real,  no sentido de  que superou tudo que tanto estragou a vida de nossos antepassados, leia-se, machismo, repressão sexual, falsos-moralismos em geral, e que estão sempre à espreita, ávidos por fazer de nós seres miseráveis repletos da mais nefasta criação do Ocidente, a culpa.
Outros, a maioria das pessoas que rodam o circuito de pegação noturna das cidades, marcam encontros sexuais por meio da infernet, etc, praticam, ou fingem praticar isso de maneira não-deliberada,não-combativa:simplesmente não se importam com padrões morais,vigentes ou defuntos, não fazem disso uma guerrilha existencial, apenas querem gozar a vida, no que estariam certos,se fossem autênticos, pois caros leitores, não se deixem enganar,não se impressionem com garotas lindas e voluptuosas que encontrarem na noite, vestidas em trajes sumários e justos, bocas provocantes, olhares mais ainda; caras leitoras,não acreditem de imediato nos encantos de sujeitos com olhares de mal, musculosos,camisas abertas, bem vestidos. A imensa maioria dos “pegadores”, “ porras-loucas”, “ cafajestes”, ‘ “piriguetes” (aliás, alguém conhece uma definição precisa, científica mesmo, desse último termo?respostas para a Thais, por favor) não passa de mal-disfarçados aspirantes a pais de família e mães amorosas de classe média burguesa, que estão apenas brincando de “loucos” e “malucos”, enquanto não encontram “ a pessoa certa”.
O que me permite afirmar isso e de onde provém tanta raiva para com essa cultura e seus perpetuadores? Uma resposta completa para a pergunta exigiria que eu relatasse praticamente toda minha vidinha inútil, assim, farei um recorte e tratarei apenas do meu último e irritante embate com o moralismo que campeia em nossa sociedade tão mal-resolvida, para justificar as afirmações do início do texto.
Há cerca de dois anos iniciei um relacionamento dito fixo ou estável com uma mulher, uma ex-colega de faculdade, e esse enlace possui algo que eu nunca tinha vivenciado antes: vivemos em cidades distintas, longe um do outro. Eu resido em Sâo Paulo, e ela mudou-se há vários anos para outro estado do país, a mais de 500 km de distância, o dito “namoro à distância” (confesso que não suporto o termo). E foi espantosa e instigante a reação da maioria das pessoas com quem convivo perante a informação de que mantenho um relacionamento sólido com uma mulher estando nós dois separados por tamanha distância, relacionamento aberto, ainda por cima, em que cada um possui PLENO DIREITO DE FAZER O QUE BEM ENTENDER quando não estamos juntos, desde que NÃO TRAGA PROBLEMAS AO OUTRO. Horror supremo!!!! Afinal, como é possível um casal namorar sem se ver todo fim de semana, sem ficarem juntinhos, namorandinhos, mi mi mi e beijinhos aqui, mi mi mi e beijinhos acolá? Grudados, abdicando da vida social em nome desse tal desse amor eterno? E você ainda deixa o outro ficar, transar, dormir, fazer o que quiser com outras pessoas e não se importa???! Nojo, impossível, horror, absurdo! Coisa de anormais, de cornos sem princípios ou moral!! O que me espantou é o simples fato que alguns dos sermões e palavras mais duras contra nossa falta de moral e  suposta cornice-mansa foram disparados por pessoas das quais, à primeira vista,não se esperaria isso, pessoas que um tanto ingenuamente da minha parte eu esperava ao menos  uma tolerância para com modos de vida diversos dos seus (bem, aqui é importante um esclarecimento: em termos culturais e existenciais sou um completo filho dos sonhos libertários e utópicos dos anos 60, apesar de ter crescido nos 80. (Contradições, que bom existirem!) 
Afinal, quem são esses  moralistas de plantão e porque me indignam tanto? Nada menos que jovens na casa dos 16 a 20 anos, justamente a idade em que um jovem normal contesta todos os valores da família e da sociedade, em busca de uma vida própria, mas que se portam como titias solteironas do interior que não perdem uma missa dominical; homens feitos que se orgulhavam de ser grandes comedores (sei, sei...) e machistas ao extremo, indignados por eu conferir liberdade a minha amada – o representante mais boçal desse grupo é um sujeito que infelizmente é meu colega de trabalho. Bastava ele me ver, para anunciar aos quatro ventos: “ ih, lá vem o cara que toma bola na lateral da namorada e não se importa com isso”. Mas os moralistas de plantão mais surpreendentes e revoltantes são pessoas que, aparentemente, atentam contra todos os padrões da moral,bons costumes e hipocrisias moralistas histéricas (esses três termos são um tanto redundantes, um implica o outro, admito)de nossa sociedade podre e mal-cheirosa, pois são membros típicos e notórios da comunidade de roqueiros,headbangers e congêneres desta cidade, da qual também sou membro notório: caras que os homens de bem e as mães de família consideram uma má-influência tremenda para seus filhinhos e filhinhas, sujeitos  que faturam três quatro mulheres por noite, algumas levadas para o banheiro ou salas escuras dos mais podres mas ótimos porões de rock que freqüentávamos e frequentamos, caras com um visual para lá de agressivo, envergando jaquetas de couro, metal, tachas... e que me censuravam com desenvoltura, rindo de minhas concepções libertárias, insistindo, como os demais da lista acima,que ou eu não amo de fato essa mulher, pois quem ama é ciumento e possessivo, claro! ou que quando eu decidir “sossegar” e me juntar com ela, deixarei essa patetice juvenil de lado, sempre com um risinho sarcástico no canto da boca, quando não pediam para me explicar a diferença entre ser fiel e ser leal a uma pessoa, diferença que não compreenderam, é claro.
A reação não poderia ser outra de alguém que tenta, até hoje, viver de maneira livre, na acepção plena dessa bela palavra: não demorei a desprezar essa infantilidade de pessoas que ainda confundem amor com posse, que agem como criancinhas egoístas que não querem que ninguém toque nos seus brinquedinhos favoritos.

Mas não posso deixar de alertar, como defensor e praticante do amor e vida livres que sou, aos meus companheiros nessa campanha sem fim e aos que nela ingressarem: não se deixem enganar, quanto mais louca e selvagem uma pessoa aparenta ser, no que diz respeito ao amor e ao sexo,mais certinha e careta ela deve ser e você, autêntico libertário, deve ser superior a eles, desprezar e ignorar a fraqueza deles.

Wednesday, February 6, 2013

A encenação amorosa

Esta semana rolou uma discussão bem legal lá na fan page do Vadio Amor sobre a predileção das mulheres por cafajestes e paralelamente aconteceu uma situação engraçada de falta de vergonha na cara de pessoas comprometidas.

Durante boa parte da minha vida, mesmo sendo "casada", vivi como uma mulher solteira, saindo com os amigos e mesmo os que eram casados também se comportavam da mesma forma, sem estas cerimônias de programinha padrão de casal, era uma espécie de turma de amigos. Eu achava que a vida perfeita era esta, casais que vivem em sociedade sem ter que andar praticamente algemados.

Depois comecei a ter aquela vontade de andar dentro do "padrão", esta coisa família, onde os casais também tem filhos e se encontram para programas mais comportados, onde as crianças e os velhos também podem frequentar sem problemas, mas aí comecei a perceber que a grande maioria dos casais (não todos, apenas a maioria) vive de encenação. Um dos lados mal espera uma oportunidade discreta para flertar com a outra pessoa do casal amigo, às vezes uma pessoa fala mal da outra para esconder que ela mesmo está te sacaneando, rola putaria e várias outras situações medonhas que são criadas só para alimentar a peça teatral amorosa do casal.

Tem pessoas que são ótimas artistas e você nem percebe que é apenas uma encenação, outras (como a desta semana) só de bater o olho você já sabe o que vai acontecer, aí abre-se um bolão e pacientemente espera-se o desenrolar da trama, o sortudo que acertar o tempo e a ação certa acaba levando uns 10 ou 20 reais de compensação pela "vidência".

Por estas e muitas outras me parece que os relacionamentos de hoje em dia estão cada vez mais estranhos e menos duradouros. Temos que ser cegos ou muito inocentes...

Os cafas, sejam eles do sexo feminino ou masculino, só conseguem ser assim porque são ótimos artistas e ser cafa é uma arte, um bom cafa nunca é descoberto, ele sempre sai ileso e em muitos casos ele já é comprometido também.


Friday, February 1, 2013

Declarações de amor

Certa noite, estava eu, aninhada nos doces braços de um provável cafajeste, quando começou a tocar uma música do Smiths.

Não era qualquer música do Smiths... era There's a Light That Never Goes Out.


Não gosto de receber flores, ou presentes em geral, não sou chegada a poemas ou longas cartas de amor.... Sou uma pessoa musical e, para mim, essa música é a mais bela declaração de amor de todos os tempos.

Quem me conhece, um tiquinho que seja, sabe que amo exageros. Repito as coisas duas ou três vezes, tipo "oi oi", "bjo bjo", "ok ok", e essas coisas... Adoro números gigantescos, tipo "um bilhão de vezes", "atravessei a rua um quadrilhão de vezes", "isso ta pesando 300 mil kilos" e talz... E acho que esse é o maior motivo pelo qual acho a declaração dessa música tão especial.

E se um ônibus de dois andares bater em nós
Morrer ao seu lado é uma forma tão divina de morrer
E se um caminhão de 10 toneladas matar nós dois
Morrer ao seu lado
O prazer e o privilégio são meus

É lindíssimo! Se alguém me dissesse que morrer ao meu lado é uma forma celestial de morrer eu cairia durinha na mesma hora! Não consigo pensar em nada que deixe mais claro o tamanho do amor expresso nessa estrofe!

Curiosamente, este caso específico segue outro dos meus padrões: achar que coisas "ruins" são mais intensas do que coisas "boas". Talvez a razão maior pra eu achar essa declaração de amor tão perfeita seja porque envolve uma coisa ruim - a morte - e assim me convence mais do que alguma coisa do tipo "quero passar o resto da minha vida com você", o que também seria agradável de se ouvir, mas não parece ter a mesma intensidade.

Rãm... dormirei pensando nisso esta noite.