Friday, March 29, 2013

Ficar junto demais pode separar?

Relacionamento é um tema constante em casa. Imagino que isso não seja nenhuma novidade, já que as duas responsáveis pelo Vadio Amor moram no mesmo apartamento. Hahaha

Outro dia estava comentando com a Liana de como acho que as pessoas deveriam ser mais sinceras, verdadeiras e honestas e essas bobagens utópicas todas...

Nesse dia, um ponto que eu ressaltei foram as coisas que as pessoas fazem só no início dos relacionamentos e de como acho isso errado.

Esse é, provavelmente, um dos motivos pelos quais alguns relacionamentos terminam com "você mudou demais".

Fazer coisas, ainda que pequenas, só porque agrada o outro é se anular. Deixar de comer um tipo de comida, deixar de ir a um lugar, de falar com uma pessoa ou grupo de pessoas, porque o outro não gosta é absurdo! E as pessoas fazem assim mesmo.

Começa de pouquinho, tipo: ah, só dessa vez, outro dia a gente vai no restaurante que eu gosto. E esse "outro dia" vai ficando pra outro dia até que a gente nem lembra mais do que gostava (de verdade) de comer.


É a coisa pequena que não incomoda durante a empolgação do início do relacionamento mas que será um dos agravantes no momento da separação senão o motivo dela.

Talvez se as pessoas fossem mais sinceras e dissessem mais coisas como "não, não quero fazer isso, mas você pode fazer" ou "sim, me incomoda se você fizer isso" os relacionamentos tivessem melhores diálogos e fossem mais bem resolvidos.

Algumas coisas são tão simples de resolver. Essa coisa da comida, por exemplo, chega a ser ridícula! Querem comer coisas diferentes? É só ir à uma praça de alimentação, com várias alternativas, comam na mesma mesa, mas pratos diferentes e pronto! Uma discussão a menos na vida.

Quer viajar? Vá sozinha! O casal tem toda uma vida juntos e não é um fim de semana separados que vai matar um dos dois. Deixar de fazer alguma coisa legal porque vai passar dois dias longe de alguém que você vê todos os dias não vai acabar com o relacionamento.

Essa necessidade louca dos casais de se obrigarem a fazer tudo juntos me parece desgastar muito mais o relacionamento do que os momentos de privacidade que, pra mim, é tão óbvio que são necessários pra manter a identidade das pessoas como pessoas mesmo, e não como casal.

Mas, again.... o que é que eu entendo de relacionamentos. Vai que os casaisinhos grudentos é que estão certos enquanto eu penso um monte de bobagens aqui na minha cacholinha, né?

Wednesday, March 27, 2013

Reconhecer a felicidade do passado

Thais e Java, irmãos e amigos.
Eu tenho uma mania feia de querer esquecer o passado, tenho tentado superar esta minha falha e reconhecer que o passado tem seus momentos bons que independem de qualquer desfecho ocorrido no presente e no futuro, mas é algo que estou fazendo aos poucos, é muito difícil e suspeito que talvez ainda precise de muitos anos de terapia para conseguir aceitar e (re)conhecer meu passado.

Dia destes instalei um aplicativo que chama Timehop e ele fala diariamente o que aconteceu na sua vida em um período de até 7 anos, usando para isto suas fotos e redes sociais.

Cada dia é uma surpresa, tem as surpresas leves, que fazem parte do passado recente como esta foto aí do lado da Thais com o cão cozido e te trazem a surpresa da passagem rápida de tempo, surge aquela frase: "Nossa, mas já faz um ano?!? Parece que foi ontem..."

Tem dia que o aplicativo trás um passado distante e aí surge aquela frase: "Nossa, parece outra vida, nem consigo imaginar esta tal felicidade que está registrada aí.". Só que isto acontece nos primeiros dias, depois de mais de uma semana recebendo estas atualizações diárias a coisa parece um livro, uma história que você está lendo e consegue até ver beleza e felicidade naqueles momentos.

O mais engraçado é que eu pouco apareço nas fotos do meu celular ou das minhas redes sociais, então os registros são o meu olhar mesmo, sempre estou do lado de cá da lente, aparecendo em algum reflexo ou dedo esquecido. Vejo o meu olhar sobre o passado, as coisas que escrevi e isso vai deixando a história da vida mais leve, o aplicativo está sendo um bom suporte para a terapia, pois ao contrário da Thais que tem a memória de peixinho dourado para as coisas ruins, eu tenho falta de memória para as coisas boas, por isso costumo registrá-las, já que na mente elas raramente permanecem, com o aplicativo tenho pílulas de felicidade diária, do passado claro, mas ajuda bastante a deixar o presente mais leve para encarar o futuro.

Friday, March 22, 2013

Ah... os traumas do Amor...

Sou apaixonada por Sampa. Já ouvi que uma pessoa que declara seu amor por uma cidade como São Paulo está mesmo fadada ao sofrimento, mas continuo amando a minha queria Sampinha, que sempre cuidou tão bem de mim, mesmo quando eu estava aos cacos, andando por suas ruas em noites frias e chuvosas. :)


Mas o Amor é sempre um vadio tão cruel com a gente que consegue marcar lugares de formas que nunca mais superamos...

Sampa é cheia de lugares que me lembram pessoas que foram muito mais cruéis comigo do que a cidade. Aquele restaurante onde tive que ir para o banheiro chorar por causa de uma frase desnecessária vinda de quem eu amava, aquela padaria onde fui rejeitada por um amor, aquela estação de metro onde fui deixada para trás, aquela esquina onde ele me beijou pela primeira vez, aquele bar onde a gente riu juntos durante toda uma noite e tantos outros lugares e situações.........

Mas nesta semana me toquei de uma coisa importante. Na verdade não envolveu apenas lugares, envolveu música também. Vou tentar explicar...

Tem um lugar em Sampa que frequento e que me identifico muito. Cheguei neste lugar por intermédio de um amigo mas depois descobri que é território de um dos meus Vadios Amores. Como nunca o encontrei por lá, tudo estava bem... a impressão que dava era de um Universo Paralelo. Cada um ia lá num tempo diferente e tudo funcionava. Até que o dia de nos encontrarmos por lá chegou. Eu já me sentia muito à vontade no lugar, mas ver o indivíduo por lá, obviamente mais confortável que eu já que o território era dele há muito mais tempo do que meu, foi traumático.

Não gostei de me sentir desconfortável daquela forma, mas também não foi traumático o suficiente para fazer com que eu desenvolvesse aversão pelo lugar. Na verdade, nada mudou muito, só decidi tomar mais cuidado ao decidir os horários das minhas visitas para que o encontro não voltasse a acontecer.

Ontem, voltando pra casa, estava no ônibus, ouvindo minha playlist preferida, quando começou a tocar uma música dessas marcadas por lágrimas. É a música que ouvi logo depois de tomar a última bota, mas......... também é a música que estava tocando na primeira vez que mexi no motor do meu carro sozinha. Quando rolou o lance com o carro eu pensei "Nossa! Que ótimo! Agora vou lembrar do Damien quando ouvir essa música! Ela nunca mais vai me lembrar o outro lá..." mas é claro que não foi o que aconteceu. Agora, cada vez que ouço a música me lembro do cara e do carro. hahaha

Mas parei pra pensar melhor e a análise começou a me levar para uma conclusão mais leve...

Quando passo pelos lugares ou ouço as músicas traumáticas não me sinto necessariamente mal. Pelo contrário, me sinto feliz por lembrar das pessoas, mesmo que saiba que as pessoas me magoaram tenho carinho por todos que fizeram com que eu me apaixonasse. Afinal de contas, se me apaixonei foi porque alguma coisa o cara tinha de especial pra mim e resgatar ESTA lembrança me faz bem, tão bem que me faz sorrir, sempre.

É aquela velha história.... as coisas ruins são muito mais intensas pra nós do que as coisas boas... já discuti sobre isso por aqui... Mas alguma coisa em mim (talvez o meu otimismo natural) faz com que meu subconsciente resgate as coisas boas mesmo que as ruins venham primeiro à cabeça.

Ainda bem que sou assim. Não gosto de eliminar possibilidades da minha vida. Não quero ter coisas mas quero todas as experiências que posso ter. Quero acumular todos os sentimentos que posso ter, bons e ruins, e quero que todas as lembranças continuem na minha memória, além de acumular novas memórias. Frequentar cada pedacinho que gosto de São Paulo ouvindo minhas músicas preferidas é uma forma de manter as lembranças e acumular novas situações então que assim seja.

Faça-me sentir, mesmo que eu chore. :)

Wednesday, March 20, 2013

Seguir a receita dá certo?

Dias destes eu e a Thaís quase morremos de rir com algumas dicas sobre como enriquecer uma "rapidinha", não me considero expert neste assunto, mas ao imaginarmos como seria reproduzir aquelas dicas não conseguíamos ter uma visão muito prazerosa, mas sim cômica.

Acho (a arte do achismo) que para se aventurar em posições mais ousadas o casal precisa ter muita intimidade para a coisa não pesar caso dê errado e as pessoas envolvidas não podem ter muitos pudores e muito menos "não me toques", porque às vezes rola barulho estranho, um pum que escapa aqui, um cheiro que rola acolá. Afinal, as manobras que as pessoas indicam nestas receitas de sexo perfeito e enlouquecedor beiram o malabarismo e alongamento extremo.
Ok, deve ter gente que faz sim, mas o que mais nos impressionou foram os comentários nas matérias (na verdade os comentários em todas as matérias da internet são hilários), as meninas pareciam mais experiente que a Bruna Surfistinha ou as atrizes pornô, elas comentavam que aquelas coisas eram para iniciantes, que queriam coisas avançadas e etc, só que senta em uma mesa e começa a falar de sexo, você comenta uma ou duas coisas e todo mundo horroriza, só que aí no mundo virtual vira a "meretriz", leva todos os homens e mulheres à loucura e já fez todas as posições do Kama Sutra duas vezes, precisa de mais desafios, tudo que um humano podia fazer em relação ao sexo ela já fez, mas... gosta do 50 Tons de Cinza e delira com as cenas de sexo dos personagens.

Cheguei até a pensar que era a minha mente poluída que não via sentido naquelas dicas e receitas, mas na mesma semana recebemos a visita de um casal de amigos e papo vai, papo vem, o assunto ressurgiu e eles também tinha a mesma impressão: que as pessoas que escrevem estas dicas parecem que nunca fizeram sexo na vida ou então são experts nas artes da cama, tendo feito aulas de circo, alongamento e yoga. Até mesmo porque o tipo de público que acessa o site e lê a revista não tem este perfil "multi tarefas esportista malabarista faquir".

Conta pra gente: você já tentou reproduzir alguma destas dicas? Deu certo? Pode ser como anônimo tá. ;)

Friday, March 15, 2013

Confissões de uma cafajeste

Eis que meu caro amigo, Alex B., me convidou para fazer um post no Noites Cafajestes desta vez. :)

Aceitei o convite na mesma hora!

Por isso hoje, ao invés de publicar o post programado, redireciono vocês para ler o que escrevi por lá. Espero que gostem!

Para acessar o post é só clicar no link abaixo, ok?

Confissões de uma Cafajeste - Noites Cafajestes

Wednesday, March 13, 2013

A arte de perder...


Faz tempo que ando perdendo coisas, pessoas, a hora, o jeito, a paciência, o cuidado, a crença no todo e na existência, mas o legal de perder tudo é que chega uma hora que o vaso fica vazio e estamos dentro de uma nova onda sem perceber, quando nos damos conta já estamos prontos para perder novamente.

Semana retrasada adiantei a coluna por perder a noção dos dias da semana, semana passada me ausentei também pelo mesmo motivo, quando vi a quarta-feira já estava no fim e achei melhor perder aquele dia, deixar passar sem muita dor, sem muita culpa.

No final de semana comprei um livro, sem saber do que se tratava a história uma amiga me mandou o vídeo do Abujamra declamando um poema de Elizabeth Bishop e acertou em cheio, pois o livro é baseado em uma troca de correspondências entre ela e seu amor.

Apesar de estar distraída e perdendo muitas coisas, não estou com a angustia da perda e seria muito interessante se quando perdêssemos um amor (se isto for realmente possível) a gente encarasse desta forma.

A arte de perder não é nenhum mistério
tantas coisas contém em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouco a cada dia. Aceite austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subsequente
da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. Um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
Mesmo perder você ( a voz, o ar etéreo, que eu amo)
não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser um mistério
por muito que pareça (escreve) muito sério. 

Friday, March 8, 2013

Eu não sou difícil! Só às vezes... Tá, talvez eu seja.

Tenho muitos amigos, converso demais com eles e às vezes me perco nas lembranças do que falei com quem. Mas dia desses tive uma conversa com um dos meus amigos pelo Whatsapp que fluiu quase como uma auto análise espontânea. Hahaha

Estávamos falando sobre meu carro e surgiu a questão de por que eu me identifico com ele.

Comecei a pensar e achei mais sentido do que eu imaginava. Na conversa, me lembro de ter dito algo do tipo: gosto dele porque é simples, fácil de consertar.

Eu sou assim! Sou simples e sou fácil de consertar. E, assim como o carro, não é qualquer um que quer consertar. Tem que ter uma afinidade muito especial comigo e com o que eu sou pra querer me possuir e lidar comigo.

Depois disso lembro que meu amigo disse algo como "fácil de manusear". Nesse ponto eu discordei. Qualquer um que já tenha possuido, ou ao menos dirigido, um carro velho sabe que não são fáceis de manusear.

Num carro novo até uma criança entra e vai levando ele pra qualquer lugar. São macios, leves, confortáveis e tudo fácil de operar.

Carro velho é outra história! Só dirige quem conhece. Sempre tem um detalhezinho (ou vários) que só o dono conhece.

É assim que eu sou. Da mesma forma que o carro velho cuida do dono dele eu cuido do meu, mas preciso daquele cuidado e manutenção básicos que só me conhecendo bem pra entender e fazer direitinho. E tem que ter paciência, saber que eu vou quebrar de vez em quando e não pode só me largar na rua.

O duro mesmo é achar gente disposta pra esse tipo de relacionamento. Parece que as pessoas interessadas em cultivar relacionamentos estão cada vez mais raras e sendo substituidas por gente louca, confusa e imatura (imaturos, ainda que já tenham passado dos seus 30 anos).

Mas não desisto não! Eu acolhi meu Mavequinho e estou cuidando dele como ele merece. O dono certo pra mim ainda está por aí, me procurando num punhado de anúncios de carros antigos, ansioso pra reformar um clássico e depois sair desfilando comigo. ;)


Enquanto espero pelo meu dono, desempenho a função de dar amor pra minha pilha de lata mesmo. :)

Friday, March 1, 2013

Mas às vezes........

Ah... os cafajestes... :)

Já que estamos nessa fase de falar destes seres encantadores, me lembrei de um que passou pela minha vidinha e que foi muito especial.

Mas não foi especial porque arrasou meu coraçãozinho como os outros fizeram. Foi especial porque levou uma invertida minha que foi homérica. :)



Sou uma pessoa extremamente paciente e tolerante e tenho minhas características submissas que todo mundo que me conhece bem sabe. Por isso sofri um tiquinho nas mãos de um ou outro cafajeste.

Mas esse caso foi interessante demais e acho que meu subconsciente trouxe à tona por algum motivo muito importante.

Não gosto de situar cronologicamente os meus posts (já disse isso), mas neste a época é um pouco importante, principalmente pra ressaltar que não é necessário ter muita experiência de vida pra se tocar que estão te fazendo de idiota.

Eu era novinha na época que saí com esse mocinho. Devia ter meus 15 ou 16 anos. Ele era lindíssimo! Apareceu na cidade causando alvoroço entre as menininhas e, sabe deus por que, achou de sair comigo.

Cafajeste clássico, era lindo, sabia disso e sabia usar a beleza, então, é claro que caí em seus encantos.

A coisa foi rolando... a gente se via nos finais de semana e estava tudo lindo! Até que ele começou a sumir. Ele morava na mesma cidade que eu, mas não era perto. A gente se falava pelo telefone (numa época onde ainda não tínhamos celulares) e ele começou a dar desculpas pra não ir me ver num fim de semana ou outro.

Minha paciência é quase inesgotável... quase. O problema é que quando ela acaba minhas decisões são drásticas.

Foi numa dessas que o moço me deu nos nervos e eu dispensei ele pelo telefone mesmo, com meus pais na sala ouvindo tudo e no mais perfeito estilo Thais de delicadeza, ou da falta dela nesse tipo de situação. Hahaha

Lembro bem do sorriso orgulhoso que meu pai tentava segurar no momento em que desliguei o telefone e da carinha da minha mãe de "Meu deus! Coitado do menino!". Hahaha

Depois disso, quem diz que esse menino me deixava em paz? Queria me convencer, a qualquer custo, de que ele não estava fazendo nada de errado, que não veio me ver porque tava mesmo com problemas, que era doido por mim, que isso, que aquilo e talz e talz! Eu sabia que era enrolação. Sempre tive bons amigos e nada me escapava. Eu sabia o que ele andava fazendo. Hahaha. E nem me incomodava. No final das contas, minha "patadinha" pelo telefone me rendeu diversão de altíssima qualidade vendo esse garoto correr atrás de mim durante meses! :)

Uma amiga minha daquela época chegou a dizer que eu é que tinha virado a cafajeste. Hahaha. Não acho que seja verdade, afinal de contas minha única atitude foi não voltar com ele e assumir uma postura "um pouco" sarcástica. Fui cafajeste com outros, não nego... mas com ele não. :)

Lembrar dessa história me faz rir muito! :) É bom saber que a gente não se deu mal TODAS as vezes. Hahaha