Wednesday, May 31, 2017

Fases das Músicas de Amor

É engraçado como as músicas de amor mexem com a gente, né? Mesmo aquelas em outros idiomas que, às vezes, nem entendemos, tem sempre aquela melodia, ou aquele tom na voz do cantor que deixa a gente derretido...

Bem, pra mim depende muito da “fase do amor” em que estou. Quando estou apaixonada fico tão fora do ar que até os semáforos parecem estar todos abertos para mim e nessa fase as músicas de amor fazem até o formato das minhas pupilas virarem corações.



Depois que o relacionamento se acalma as músicas começam a ter outro efeito em mim. Parecem me dizer como a vida vai ser gostosa daquele jeito pra sempre, como os planos sempre vão surgir e ser realizados, como a primavera sempre vem depois do inverno (apesar de minha estação preferida ser o outono achei que essa comparação seria mais eficiente para a maior parte das pessoas) e como eu estou segura pro resto da vida.

A fase seguinte é o início da desilusão (ou seria o início da percepção da realidade fria e cruel?) onde eu começo a ver que as coisas não são exatamente como eu achava que eram, algumas vezes por eu ter projetado minhas vontades no outro e outras por eu ter percebido que “entendi errado”. Pra mim essa fase é muito, muito, mas muito longa mesmo! Eu começo a notar que tem coisa errada, passo a perceber o que é, termino tendo certeza e, ainda assim, continuo no relacionamento até sei lá o que me dar aquele estalo de realidade e tomar uma iniciativa. Nessa fase as músicas de amor são muito importantes pra mim. Ouço muita coisa e fico tentando associar com a minha vida, talvez na esperança de as músicas salvarem meu relacionamento.

Mas elas não salvam e eu acabo na rua da amargura mais uma vez (normalmente acompanhada de Walks of Shame históricas, mas isso não vem ao caso agora). Nessa parte as músicas de amor me fazem chorar como uma idiota, me achando uma idiota, repetindo a palavra idiota na minha cabeça e fazendo origami com meu papel de trouxa.

Mas a gente sabe que o tempo cura tudo, né? E comigo não é diferente. Depois de uma bela fase de trevas meus céus começam a se abrir mais uma vez, o Sol toca minha pele e eu percebo que ainda estou viva e que está na hora de seguir em frente. É, normalmente, o período em que me dedico freneticamente ao trabalho e realizo muitas coisas. Aliás, cheguei à conclusão de que o trabalho sempre me deixou muito mais satisfeita do que qualquer relacionamento que já tive (mas isso também não vem ao caso agora, hahaha). Nesse momento é que as músicas de amor voltam com força pra minha vida e me pego sorrindo com elas. Não porque estou enchendo meu coração de esperanças mais uma vez, mas porque começo a ver como elas são fantasticamente exageradas. Penso em como já acreditei nelas, lembro dos meus origamis e dou risada... muita risada.

Acho que essa é a parte boa, no final das contas. É uma fase lúcida e sem ferimentos (só com as cicatrizes) pra mim e acabo me divertindo com ela. Mas interessante mesmo é me tocar de que, em todas as fases, as músicas de amor que escolho pra ouvir são sempre as mesmas e esse foi o motivo de eu ter escolhido escrever esse post. Não é engraçado como as mesmas palavras significam coisas tão diferentes pra gente dependendo da nossa energia?

Eu sempre escolho:
- Bon Jovi
- Matchbox Twenty
- George Michael
- Dido
- Pearl Jam
- Smiths
- Stone Temple Pilots
- U2
- Guns N’ Roses (porque Guns faz parte de toda a minha vida)
- e mais uma ou outra música de outros artistas  isolados

E vocês, caros leitores cheios de amor no coração? O que ouvem nas fases do amor de vocês?

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