Sunday, August 6, 2017

Mulheres que correm com os Lobos

Tem algumas pessoas que eu nem conheço pessoalmente, mas amo mais que tudo! Cada uma tem um motivo e a Tiê está nessa lista por mudar minha vida muito mais do que ela pode ter noção nesse exato momento.

Em maio ela me sugeriu a leitura do livro Mulheres que correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés. Como estou em uma fase de me reconectar com força com a leitura, topei na hora. Comprei o livro e fiquei ansiosa até ele chegar. Quando vi que ele tinha mais de 500 páginas achei que seria uma leitura pesada mas o resultado foi algo que eu jamais esperaria!



Trata-se de uma compilação de contos escrito por uma psicóloga junguiana que explica o que cada estória quer transmitir às mulheres. Eu super queria que esse livro me tivesse caído no colo aos 15 anos de idade. Mesmo que eu não estivesse preparada para as explicações, eu precisava dos contos! Precisava da sabedoria antiga. E tenho plena convicção de que toda mulher precisa (e olha que sou relutante em “vomitar regras”, viu!).

O livro me fez muito sentido. Tanto que me envolveu de uma maneira tão profunda que me fez rir, chorar (chorar muito) e, principalmente, pensar. Pensar muito sobre minha vida, minhas escolhas, minha maturidade... sobre mim, e eu não quero que isso acabe nunca mais! Nunca mais quero parar de pensar em mim, no que eu quero e no que não quero.

Eu poderia escrever outro livro de mais 500 páginas sobre minha experiência com esse livro, mas não faria a menor diferença... Acho que cada uma de nós tem que ter sua experiência própria com ele. É quase certo que os contos que me tiveram maior apelo não serão os mesmos para outras irmãs, então não tem porque eu ficar tagarelando a esse respeito. Ler Mulheres que correm com os Lobos foi a experiência mais introspectiva que já tive em toda a minha vida.

Quero apenas deixar aqui minha recomendação de leitura e, mesmo que eu tenha mencionado que gostaria de tê-lo lido aos 15 anos, o conhecimento não tem idade e a gente sabe que tudo chega até nós ao seu tempo, certo?

Pra fechar, deixo uma mensagem de Opal Whitely citada no livro.

Hoje quase ao anoitecer levei
a menina que não vê
um pouco pela floresta adentro
onde estava escuro e havia sombras.
Levei-a até uma sombra
que vinha na nossa direção.
A sombra tocou-lhe o rosto
com seus dedos de veludo.
E agora também a menina
veio a gostar das sombras.
E o medo que existia passou.

Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

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