Wednesday, July 25, 2012

Amores notáveis

(trilha sonora do post: Que pena, Jorge Ben Jor - http://www.youtube.com/watch?v=DhnzrlFWLUY)

Um relacionamento intenso e não exclusivo com duração de três meses pode ser considerado amor ou apenas paixão?

Tem disso né, sempre que a coisa é rápida tendemos a achar que não foi amor, porque se fosse amor durava mais tempo ou não acabava. Esse "namoro" eu considero que foi amor, na verdade eu sou uma pessoa passional e quando me envolvo com alguém sempre acho que será para sempre, mas neste caso foi diferente, já me envolvi sabendo que deveria ter um fim. Acham que sofri menos quando acabou só porque já sabia que teria um fim rápido?

Sofri demais, chorei demais, era uma coisa que já fazia parte de mim e era tão gostoso, eu me sentia tão bem, foi quase uma rehab, perder aquela dose diária de carinho, cuidados e tudo que se pode ter de leve em um relacionamento e voltar novamente para a realidade dura, seca e sem entorpecentes de vida real e rotineira não foi (é) fácil.

Pensando nesta situação acabo entendendo os viciados. Não tem sentido parar de consumir uma coisa que faz você se sentir tão bem, tão realizado, mesmo que seja apenas durante algumas horas ou algumas tardes e voltar para o mundo preto e branco, das emoções silenciosas e monótonas.

Hoje em dia não largaria um "vício" destes, a vida é muito efêmera para ser desperdiçada com preocupações sociais, algumas trocas não compensam e essa com certeza não compensou, mas infelizmente passou.

Este sim foi um Vadio Amor!

4 comentários:

Du said...

Acho um pouco complicado... Penso que, algo casual, é bem tranquilo para refrescar um pouco essa falta... E claro, concordo com você, não viver algo por medo ou até certeza que não vai longe, é loucura (a menos claro, que tenha que abrir mão de algo, aí é outra história e tem que pesar bem, e ainda assim, muitas vezes, vale a pena viver...)...

Mas por outro lado, tem que tomar cuidado com esse vício de amor, que muita gente se enfia em relacionamentos terríveis por conta desse vício de não ficar sozinho(a)... Aí o que era algo bom, passa a se tornar prejudicial, igual quando a bebida em excesso passa a atrapalhar o resto da vida da pessoa, esse vício excessivo pode fazer a pessoa se anular... Perigoso...

Liana said...

Ah não Du, vício pela sensação boa... Neste caso aí que contei, não é que não foi pela frente por medo nem nada, era algo pré-estabelecido mesmo.
Estilo degustação da TV a cabo (rs), os canais são ótimos, você assiste durante aquele período, mas sabe que não tem verba disponível para aumentar o pacote, porém isso não te impede de até começar a acompanhar uma série em um destes canais que não terá mais, ensaiar até mesmo a criação deste vínculo.
Foram 3 meses vividos intensamente, sem medos, só com aquela sensação gostosa de que não existirá amanhã.

♪Meu amor, o que você faria se só te restasse este dia...♪

Verif said...

Então ... pensei um pouco antes de comentar este post, mas vamos lá.. Acho sim que todas as manifestações e formas de amor são verdadeiras, mesmo que durem uma vida inteira ou apenas um único dia. E acho que a vida deve ser vivida, sem preconceitos ou conceitos formados... Se vai durar um dia, um ano, 30 anos ... não importa! Devemos aproveitar cada momento, como se fosse o único, e curtir com quer que seja, pelo tempo que for, enquanto estiver nos fazendo bem. Sim, esse é o critério que eu apoio para estar numa relação.. Ela tem que nos fazer bem! Enquanto estiver cumprindo este papel, devemos vive-la intensamente. Claro que temos momentos bons e ruins, mas no geral, a gente sempre sabe quando algo deixa de nos fazer bem, apenas evitamos aceitar isso algumas vezes, seja por carência, seja por comodidade, mas enfim, o importante é viver e aproveitar o melhor que o outro tem a nos oferecer.
Eu sempre apostei muito em relações mais duradouras, mas isso não significa que não possamos amar alguém intensamente por pouco tempo... Afinal, o tempo é relativo, o que fica, são as lembranças, as emoções, as recordações e principalmente as lições e experiências! O resto é resto...

Liana said...

Adorei Veri, acho que no fundo é isso mesmo que você falou. Também gosto e aposto em relações duradouras, por isso ficava com este pré-conceito sobre os amores de curto prazo que já tive, mas cheguei na conclusão de que são amor sim, porque não né?rs

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