Wednesday, July 18, 2012

Prender ou soltar?

(trilha sonora do post: Regra Três, Toquinho -  http://www.youtube.com/watch?v=UatW3jGwkHo&feature=related)

Tenho um colega no trabalho com quem converso assuntos variados, claro que o foco acaba sempre caindo nos relacionamentos, não só os amorosos, mas na maior parte das vezes sim, porque ambos se separaram "recentemente" e acabamos trocando as impressões que temos sobre os amores passados e as fases pós-término.

Hoje o assunto que surgiu foi quando temos alguém que nos deixa fazer tudo, vou explicar melhor: você gosta de fazer alguns programas, mas a pessoa que está com você não gosta e não se importa que você faça sozinha (o) ou com outra(s) pessoa(s). Só que quando essa liberação é constante pode ser chato, pois vira rotina e de repente você se vê fazendo coisas sozinha(o) e percebendo que a outra pessoa não faz mais a menor falta.

Eu sou destas que solta, que prefere liberar a ter que fazer coisas que não gosta e na situação inversa eu também prefiro sair com amigos a abrir mão de um programa só porque a pessoa que está comigo não quer ir. Eu achava que liberar as pessoas e a mim mesma era uma atitude de total compreensão, mas ele me disse que isso tem um pouco de egoísmo, pois você não quer fazer um esforço pelo outro (quando deixa ele ir sozinho em um programa que você não gosta) e não quer abrir mão de uma coisa que gosta (quando vai sozinha sem se importar que o outro ficou em algum lugar, fazendo sabe-se lá o que).

Por outro lado, durante toda a minha vida escutei várias pessoas reclamarem de parceiros que não as deixavam fazer nada sozinhas, que tudo tinha que ser feito em dupla, como se fossem irmãos siameses, do happy hour com o pessoal do trabalho até programas nitidamente individuais (despedida de solteiro, chá de bebê, depilação e etc). Pessoas que suplicavam silenciosamente por um momento individual.

Só que chegamos à conclusão que quando a pessoa "solta" demais chega um ponto que o outro perde a mão, inconscientemente pode ser proposital, para chamar atenção e avisar que precisa de rédeas (exatamente como as crianças sem educação que criam problemas para serem punidas pelos pais e serem notadas). Só que aí é tarde demais, porque você extrapolou a Regra Três...

9 comentários:

Du said...

Hmmm... Acho que cada pessoa tem seus limites e sua percepção. Acredite, tem quem você precisa impor limites e amarras para que se sinta amada(o), independente de todo o resto, se você libera aquela pessoa para coisa X, ela já acha que você não se importa e não ama (e sinceramente, quero distância de quem é assim). E, da mesma forma, tem quem não gosta de se limitar de forma alguma, e o meio termo em que se faz algum esforço para algumas coisas, mas em outras também não tem a obrigação...

Essa questão do egoísmo é relativa... Dá para dizer que é egoísmo você não querer ir em um encontro (amigos da turma da oitava série) em que você não conhece ninguém, vai ficar deslocado(a), com uma tromba, e a pessoa ou não vai aproveitar o encontro (preoucupada em não te deixar de lado) ou depois vai rolar um climão? Melhor deixar a pessoa lá, curtindo a turma... Happy hour de trabalho, se o trabalho de um for diferente do outro, também, um acaba ficando de canto, acaba tendo muita piada interna, assunto de trabalho (pois é, no happy hour... :-P ), etc...

Então, se é egoísmo ou não, não creio que seja simplesmente uma questão de você dizer que não quer abrir mão ou que não se esforçar... Entre duas pessoas, um pode acusar o outro de não se esforçar enquanto o outro acusa de que o primeiro não abriu mão... E como resolve o impasse?

Liana said...

Pois é Du, é um impasse! Eu não abro mão de dar liberdade assistida, acho que quem está comigo "deve" me escolher mesmo diante dos encantos do mundo, por isso solto, se for amor vai voltar sempre, senão é abusar da Regra Três e merece um tchau...

Thais Roland said...

Puotz... isso sempre foi um problema pra mim... acho que não sei essa medida de quanto prender e quanto soltar... :/ nem sei se tenho a noção da proporcao que gostaria de ter para mim no relacionamento.

Liana said...

Ah, mas isso nem eu sei ainda, estou aprendendo com as experiências e muitas delas nem tão agradáveis, mas sou brasileira e não desisto nunca! hahaha

Thais Roland said...

Talvez a gente nunca descubra... mas acho que faz parte. :)

Verif said...

Gente... só ter bom senso! Nada demais, bom senso e sempre ter um diálogo aberto!
Para mim, o maior erro em qualquer relacionamento, é não ser, acima de tudo, amigo do seu namorado(a) ... marido(mulher).. etc.. Enfim, para mim, bom senso, respeito e diálogo é fundamental!

Bela said...

Eu sou da coluna do meio, acho q há programas pra se fazer sozinho e outros, juntos. Eu gosto de participar da vida da pessoa q amo e não ligo de ficar assistindo, mas jamais iria num "Clube do Bolinha". A recíproca é verdadeira, quero q a pessoa se interesse por meus assuntos, mas q entenda meu "Clube da Luluzinha" :D

Bela said...

De acordo ;)

Liana said...

Concordo Veri, bom senso, respeito e diálogo são ótimos em qualquer situação, mas sabemos que são raras as relações (não somente as amorosas) que conseguem um fluxo interessante destas 3 coisas.

Até mesmo as pessoas que pensam ter uma relação com estes 3 pilares podem ter problemas de "comunicação", pois mesmo dentro do casal cada um vive seu mundo. Sacas um esquema no tipo "sou responsável pelo que eu digo e não pelo que você entende"?

Vejo muita parte de casal falando que tem bom senso, mas quem está de fora ou a outra parte envolvida concorda pouquíssimo ou nada.rs

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