Friday, July 6, 2012

Not meant to be

Quando o amor tá mesmo afim de te sacanear é complicado.

Conheci esse cara numa época tranquila da minha vida. Tudo estava bem pra mim e eu não estava preocupada com nada.

Nos conhecemos sem nada de especial também. Participamos de um projeto juntos na empresa onde eu trabalhava e fizemos algumas reuniões e nos falamos algumas vezes ao longo do projeto. Tudo sempre muito profissional e sem que nada fora do comum fosse sequer insinuado. Pra ser bem sincera, estava numa fase tão zen que nem o notei de qualquer forma especial.

O projeto acabou e tudo o que restou foi o contato dele no meu comunicador corporativo.

Um belo dia, fui confirmar uma coisa qualquer com um colega de trabalho e quando fui clicar no nome dele no comunicador alguém ficou online ou offline (doesn't matter) e acabei clicando no nome dele. Nem percebi, escrevi a mensagem e enviei (sou mestre nesse tipo de coisa). Só percebi quando ele respondeu com risos na janelinha. Pedi desculpas e ele veio todo com aquele papo de "Imagina! Pode errar mais vezes…". Rimos e passou.

Passou mais ou menos… porque depois disso começamos com "bom dias" e conversas de dia-a-dia… nada importante, mas bem freqüente. Nessa época eu estava comprometida e ele também. A conversa começou a evoluir pra uma coisa mais complicada e paramos de nos falar abruptamente. Foi melhor assim.

O tempo passou e confesso que acabei me esquecendo dele. Até que um belo dia, quando já estava sozinha novamente, vi um comentário dele na Internet que achei estranho e sei lá o que me deu que resolvi perguntar se estava tudo bem.

E foi aí que a parte punk da coisa toda começou! Ele disse que estava terminando o relacionamento também. Conversamos um pouco e resolvemos nos encontrar pra beber alguma coisa e conversarmos pessoalmente e não demorou nadinha! Na mesma semana estávamos sentados na mesa do bar enchendo a cara e falando de nossos relacionamentos desastrosamente encerrados.

A coisa foi surreal. As histórias eram muito parecidas, só que um de cada lado da moeda. Acho que por isso bebemos tanto. Analisando friamente a noite foi uma porcaria. hahaha. Terminamos comigo mega bêbada (ele eu não sei… não consigo me lembrar, ou não estava em condições de avaliar) e a gente se beijando no carro dele. Eu não prestava pra mais nada, então achei melhor ir pra casa. Ele foi embora e ficamos de nos falar outra hora.

Acordei no dia seguinte com a maior ressaca, mas feliz, pensando que a gente ia acertar os ponteiros agora. Pra minha surpresa, ele se afastou outra vez deixando bem claro que não queria se envolver comigo por causa da forma como nossos relacionamentos terminaram (não vou entrar em detalhes aqui…).

Durante algum tempo tentei reverter a situação mas ele continuou irredutível. Se recusava até a me ver. Acabei achando melhor deixar ele no canto dele. Na esperança de ele resolver voltar atrás, mas sabendo que é provável que não aconteça.

Penso nele com bastante freqüência e devo confessar que, de vez em quando, dava uma xeretada em como estava a vida dele, mas parei com isso. Estava me fazendo meio mal. Nos dias que me dá muita vontade de olhar, como um chocolate. hahaha

Acabou que agora ele tá lá, levando a vida dele, sei lá como e eu to aqui, "living like there's nothing to loose". E é bem provável que continue com esse sentimento de "unfinished business" pra sempre, o que vai me fazer dar aquela travadinha sempre que nos encontrarmos e passar por aqueles segundos de constrangimento e ressentimento, mas é a vida, né?

O mais engraçado é que não dá pra entender essa minha obsessão por ele. Na real, a gente mal se conhece. É o amor, sendo um vadio, e fazendo eu me apaixonar pelo cara que simplesmente não foi feito pra ficar comigo.

O bom é que tem uma chance de eu já estar me curando dessa vadiagem do amor. Na verdade, meu coraçãozinho é um vadio nato e já está se entregando pra uma nova aventura. Vai que dessa vez…….. né? :)

Esse foi um dos posts mais difíceis de escrever até agora. Vou publicar logo antes que desista mais uma vez (sim, já escrevi e apaguei esse post um bilhão de vezes, mas parece que agora ele tá mais ou menos do jeito que eu queria que ele ficasse). Eu sei que ele tá meio deprê, mas vamos focar no fato de que talvez eu esteja me reapaixonando. ;)

É... estou num período confuso...

10 comentários:

Liana said...

bom quando o coração se entrega para novas aventuras...

Du said...

Unfinished business é dose de leão mesmo... O pior é que cada vez que acabamos revendo a pessoa, lá vem à tona tudo de novo :-P Não tem remédio pra isso não a não ser que feche o negócio ou nunca mais veja o unfinished business... Mas também não é razão para parar a vida, boa sorte na nova paixão...

P.s.: acho uma tremenda besteira deixar de viver algo novo por conta do passado de alguém... Importa o presente, e com o presente, a gente descobre o futuro... Se a pessoa no presente é interessante, se dá "liga", tem mais é que arriscar e se descobrir...

P.s.2: quando você diz que não dá para entender a obsessão, acho que você mesmo já se respondeu a razão no seu "A terceira vez...", lá no finalzinho...

Thais Roland said...

Ou trágico. hehehe.. veremos...

Thais Roland said...

Hahahahaha.. bem observado, Du!

Mas acho que prefiro terminar o negócio. ;)

Verif said...

Adorei o Post!! Muito bom! Gostei da forma clara e direta como vc escreveu! Mas, na boa, as vezes é melhor ficar nisso mesmo! Esse tipo de "amor platônico" ou semi platônico (rsrsrs) pode decepcionar muito se avançar, porque cria-se muita expectativa, e na maioria das vezes, a realIdade costuma decepcionar! Fica a dica! rsrsrs

Anonymous said...

É simples, o desconhecido para nós é mentalizado como algo perfeito se ele realmente rolasse. Mas quando rola mesmo , de verdade, é como qualquer relação, uma hora cai na mesmice.

Thais Roland said...

Ain, gente! Eu sei disso.. mas é tão difícil não pensar que eu queria ele pra mim. hehehe

Anonymous said...

Depois de viver bastante e quebrar muito a cara indo atrás de grandes paixões, aprendi que devemos dar valor ao que tem valor, ou seja, para aquele cara que ama você e se Deus me livre der uma merda e ficar de cama, será ele que limpará sua bunda. Cuidado! A paixão é fugaz...
É bem verdade que depende do que está com vontade de viver e o preço que quer pagar.
Não estou dizendo que devemos viver sem paixão, mas tudo é um conjunto.
O amor é cíclico e passa por altos e baixos, mas prefiro apostar nele do que numa paixão louca. Isso já vivi quando mais nova. Tudo tem sua fase.
De qualquer forma eu te entendo.

Du said...

Anônima da Internet (musiquinha das Brasileiras tocando de fundo... :-) ),

Achei legal sua separação de paixão e amor... Tão próximos, e ainda assim, muitas vezes, vivendo separados ou acabam eventualmente se separando...

Entendo seu ponto de vista, e, creio, muitas pessoas pensam e vivem da mesma forma... Porém, tem que ver até que ponto isso é saudável, pois, de certa forma, tudo que não vamos atrás e freamos fica um fundinho dentro de nós, corroendo... É aquela velha história, alguns preferem viver 8 anos a 80 por hora, e outros 80 anos a 8 por hora...

O ideal, melhor dos mundos, seria, ou termos a capacidade de somente amar/apaixonar por uma pessoa por vez (e até mesmo o(a) mais puro(a) não pode negar que já sentiu aquela chama por outra pessoa enquanto em um ótimo relacionamento), ou, de conseguir (de ambos os lados de um relacionamento mais estável) que exista uma certa liberdade/confiança para certas coisas...

Como o ideal dificilmente acontece, resta tentar achar um meio termo saudável para cada um... Já vi pessoas realmente murcharem e definharem por conta de ter deixado de tentar/experimentar algumas experiências de vida, é muito triste também... :-/

Thais Roland said...

Ah... não sei, gata.... sou mais do tipo "se joga". Quebro muito a cara por isso, é verdade, mas a vida fica muito mais intensa e bem vivida.

Além do mais.. esse amor de se doar completamente um pelo outro é tão difícil de achar que já nem sei mais se ainda acredito nele..

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