Friday, February 1, 2013

Declarações de amor

Certa noite, estava eu, aninhada nos doces braços de um provável cafajeste, quando começou a tocar uma música do Smiths.

Não era qualquer música do Smiths... era There's a Light That Never Goes Out.


Não gosto de receber flores, ou presentes em geral, não sou chegada a poemas ou longas cartas de amor.... Sou uma pessoa musical e, para mim, essa música é a mais bela declaração de amor de todos os tempos.

Quem me conhece, um tiquinho que seja, sabe que amo exageros. Repito as coisas duas ou três vezes, tipo "oi oi", "bjo bjo", "ok ok", e essas coisas... Adoro números gigantescos, tipo "um bilhão de vezes", "atravessei a rua um quadrilhão de vezes", "isso ta pesando 300 mil kilos" e talz... E acho que esse é o maior motivo pelo qual acho a declaração dessa música tão especial.

E se um ônibus de dois andares bater em nós
Morrer ao seu lado é uma forma tão divina de morrer
E se um caminhão de 10 toneladas matar nós dois
Morrer ao seu lado
O prazer e o privilégio são meus

É lindíssimo! Se alguém me dissesse que morrer ao meu lado é uma forma celestial de morrer eu cairia durinha na mesma hora! Não consigo pensar em nada que deixe mais claro o tamanho do amor expresso nessa estrofe!

Curiosamente, este caso específico segue outro dos meus padrões: achar que coisas "ruins" são mais intensas do que coisas "boas". Talvez a razão maior pra eu achar essa declaração de amor tão perfeita seja porque envolve uma coisa ruim - a morte - e assim me convence mais do que alguma coisa do tipo "quero passar o resto da minha vida com você", o que também seria agradável de se ouvir, mas não parece ter a mesma intensidade.

Rãm... dormirei pensando nisso esta noite.

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