Então comecei a desconstruir alguns casulos que usava e pensei que ficaria totalmente deprê, na verdade nos primeiros dias e semanas tive vontade em alguns momentos de me virar do avesso ou de ir correndo pegar aquele casulo no lixo e entrar novamente, ficar lá naquele lugar conhecido e agradável.
Só que os casulos existem para serem passageiros, fazem parte de uma transição, não dá para ficar lá dentro para sempre, mesmo que inicialmente ele pareça seguro, confortável e gostoso. Na verdade o casulo é frágil, justamente porque a gente precisa sair dele uma hora e ganhar o mundo. Sei que é piegas fazer esta analogia com as borboletas, mas atualmente estava me sentindo meio lagarta mesmo, só que andando de casulo em casulo, com medo de me livrar desta condição primária.
Não que eu não sinta falta do casulo, mas sinto uma estranha felicidade, ou melhor, tranquilidade de saber que fora do casulo existe vida.
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