Friday, August 10, 2012

Casos complicados

Imagino que não seja fácil ter um caso. Só de pensar no assunto já surgem várias questões emocionalmente complicadas na minha cabeça, tipo "Será que as pessoas que têm um caso se amam ou é só tesão?" "E se uma só tá apaixonada e a outra não?" "E se as duas estão apaixonadas mas não têm coragem de largar seus respectivos?" e por aí vai.........

Eu sempre acho que ninguém tem que dar pitaco no relacionamento de ninguém porque só sabe como é quem está no relacionamento. Mas nenhum assunto é mais tratado em mesas de bar do que....... relacionamentos. Então a gente sempre sabe da vida um do outro (em partes, mas sempre sabe) e, como o álcool transforma todo mundo em psicólogo, a gente acaba dando pitacos mesmo sabendo que não devia. :)

Graças à cerveja já fiquei sabendo de vários casos de amigos. Casos que começaram no trabalho, na academia, no museu, no bar................. em todo lugar.

É sempre interessante acompanhar essas histórias porque elas são sempre muito parecidas, com pouquíssimas variações. Mas, pensando em todas as histórias que conheço, o desenrolar da coisa toda acaba em 50% de casos que acabam com os casamentos e resultam em novos casais e 50% que acabam em..... nada.

Na verdade essa análise me veio à cabeça porque um amigo veio me perguntar o que eu achava que ele devia fazer porque tá afim de uma mulher que já está tomada. (é... não importa que eu diga que não sei nada de amor, as pessoas me pedem conselhos do mesmo jeito. hahaha.. pelo menos rende posts novos.)

Acabou que eu disse pra ele que não fazia a mais puta idéia do que ele devia fazer, mas...... sou sempre a favor do "se joga". Acho que a vida é curta demais pra gente ficar pensando no que é certo ou errado, no que as pessoas vão pensar, no que eu vou ter que falar pra deus depois ou seja lá o que for.

O máximo que pode acontecer é a garota dizer que ele entendeu tudo errado e que ela gosta mesmo é do dono dela. Mas sempre existe a chance de ela topar uma aventura e eles verem no que vai dar. E ainda.... sempre existe a possibilidade da aventura dar certo e ela resolver trocar de dono.

A gente nunca sabe.

O problema de relacionamentos que começam em casos é a confiança. Não importa o que aconteça, os envolvidos sempre terão na cabeça aquela coisa de "ah.... ela deixou o cara pra ficar comigo, então também pode me deixar pra ficar com outro cara." e, meu, é assim mesmo!

Essa sensação é tipo ciúmes. Não tem o menor sentido ficar com essa encafifação na cabeça porque não tem nada que a gente possa fazer a respeito, mas a gente fica com ela assim mesmo. Aí, já que não tem o que fazer, o jeito é treinar o mantra "Tranquilas Águas Azuis" e deixar isso pra lá, aproveitar o relacionamento e tocar a vida.

Sigo firme na idéia de não querer dar conselho pra ninguém, mas aí... na boa... tá apaixonado, vai atrás da paixão! Já me arrependi por não ter feito isso algumas vezes na minha vida. Não pretendo errar novamente, pelo menos não nesse ponto. E, como sou a favor de todo mundo ser feliz, acho que esse conselho vale a pena. Vai com tudo! Aproveitem a vida porque ela é curtinha... Quando a gente percebe ela já era. O importante é pensarmos no que já passou e acabarmos com um sorriso no rosto. ;)

5 comentários:

Du said...

Pois é, é muito irracional esse sentimento de medo e desconfiança pelo relacionamento ter sido fruto de um caso...

Já tive, e vi, tanto relacionamento com "santos" irem por água abaixo, tanto por traição como por outros motivos... E, posso dizer, também já vi relacionamentos duradouros surgirem de casos e de pessoas consideradas "galinhas", "periguetes", etc...

Tudo depende, novamente, da maturidade das pessoas envolvidas... Quem não é maduro, tende a jogar na cara tudo quanto é tipo de coisa (eu pago as contas, eu tô de TPM, larguei tudo por você, você já traiu que foi assim que começamos, etc...) como argumento para fazer valer suas opiniões e vontades, se impor... E isso, sinceramente, é a bomba mais poderosa que existe em qualquer relacionamento com uma pessoa que tenha um mínimo de auto-estima... E um relacionamento que começa com um caso, tem mais algumas granadas para serem adicionadas ao arsenal de bombas dos imaturos, tendendo a durar menos ainda... :-P

Como você, não acredito em conselhos universais, mas acredito em troca de experiências, vivências, conversar, e acima de tudo, porque não, conversar com a pessoa do seu lado... Muitas vezes, ambos estão pensando a mesma coisa e se reprimem com medo do que o outro pensa... E aí quando vê que o outro fez algo, mesmo que estivesse pensando em fazer o mesmo, se sente ferido mortalmente por tudo ter sido feito à revelia... Então, acima de tudo, o melhor conselho é sempre manter o diálogo aberto, a cabeça aberta, e viver o que puder viver sem se machucar ou se enganar.

P.s.: o pensamento é ainda mais irracional por, supostamente, se tudo fosse perfeitamente ideal, a diferença entre o relacionamento com alguém "perfeito" que não trai e o não perfeito, que já traiu, é simplesmente que antes da pessoa partir para outra, ela vai te falar na cara, e se for à toa, uma coisa besta, pior, jogar tudo por água abaixo e toda a mágoa da separação pode ser irreversível... Será que realmente é alguma vantagem, alguns dias a mais de relacionamento e um realacionamento que vai para o vinagre definitivamente ao menor sinal de atração que se torne inevitável? Sei não...

Anonymous said...

E a lealdade ao parceiro que é mais que fidelidade? Onde fica? E se você fosse a ponta traída?

Acontece...eu sei. É verdade..."se joga"...mas correto com OS ENVOLVIDOS...não é não. E, sinceramente, esse percentual é maior para não dá em nada. Conheço vários casos desses.

Única coisa certa é que na maioria das vezes alguém se machuca de verdade.

Thais Roland said...

É complicadíssimo... Ando conhecendo algumas pessoas que têm relacionamentos abertos e to tentando entender melhor isso. Parece que funciona, mas as pessoas têm que ser muito, mas muito controladas mesmo com relação a sentimentos de possessividade e ciúmes.

Thais Roland said...

Pois então, Anônimo... lealdade é diferente de fidelidade. Eu acho, pelo menos.
Nunca fui possessiva e controladora. Sempre fui muito clara com relação a traição. Nunca me incomodei. É óbvio que não gosto de saber, afinal de contas, não tenho coração de pedra, fico chateada e talz. Mas não ligo que aconteça e não faço nada a respeito se descubro tbm (discutir, greve de sexo, piti e afins).

Machuca quando você sabe que a outra pessoa é mais importante pro seu companheiro que vc. Neste caso, o relacionamento já deveria ter terminado e aí sim, a lealdade está comprometida.

Mas hey... o que é que eu sei? :)

Liana said...

Concordo que fidelidade e lealdade são coisas diferentes.

"Machuca quando você sabe que a outra pessoa é mais importante pro seu companheiro que vc. Neste caso, o relacionamento já deveria ter terminado e aí sim, a lealdade está comprometida."²

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